Documentários

1º Módulo: Educação Física e Sociedade
Unidades curriculares: Educação Física e Cultura e Jogos
Projeto integrado em:  “Educação Física e sociedade”



Grupo de Estudos: Amanda Martins dos Santos; Celso Macedo Rodrigues da Silva; Marcus Vinicius Malanconi Santos; Robert Luiz Pirondi; Rodolfo Diego Lopes de Almeida Carvalho; Simone Maria Medrado Alves de Oliveira.



VIGOREXIA



INTRODUÇÃO

Abordamos o tema vigorexia, por ser um transtorno desconhecido, mas que está presente na sociedade, porém ainda não é reconhecido como uma doença. Procuramos saber o que é a doença, os sintomas e o tratamento, porém o nosso objetivo foi saber qual é a função do professor de educação física mediante a uma situação quando o aluno está desenvolvendo esse tipo de transtorno da sua imagem corporal.


DESENVOLVIMENTO

Primeiramente abordamos algumas pessoas e perguntamos a elas se conhecia ou se já tinham ouvido a dizer sobre o assunto, ou se caso não tivesse nenhum contato, o que o ela achava pelo nome.
Entre por volta de 35 pessoas entrevistadas, grande parte nunca tinha ouvido dizer a respeito sobre o assunto, e já no caso de assimilar o nome com a doença, muitos associaram com a anorexia e a bulimia, pois são doenças muito divulgadas nos meios de comunicações.
A vigorexia é um transtorno da imagem corporal, onde a pessoa enxerga-se magra, mesmo já estando com os músculos fortalecidos, e com isso fica dependente de exercícios físico de forma exagerada e sempre insatisfeito com os resultados alcançados.
Mudam a sua rotina do dia-a-dia e sua vida gera em torno de seu corpo se tornando prioridade em todos os sentidos como família, amigos, trabalho entre outros; passam muitas horas praticando atividades esportivas, mudam a sua alimentação comendo de forma exagerada podendo chegar até 4.500, incluindo suplementos alimentares, anabolizantes etc...
A maior parte dos vigorexos são homens, porem não que dizer que não existem mulheres, porem são minorias por mais que o estereotipo da mulher não sejam como o corpo do vigorexos, ou seja, musculoso.
O profissional de educação física tem que observar muito seu aluno, pois existe aquele que pratica o fisiculturismo e não tem vigorexia, pois os vigorexicos têm os sintomas específicos.
Para ilustrar sobre uma pessoa com o transtorno corporal, pegamos como exemplo a história do Greg Valentino.
O professor tem que conhecer sobre o assunto, pois é ele que geralmente terá o primeiro contato com o vigorexico e com base no seu conhecimento ira orientar ao aluno a procurar um profissional que geralmente é realizado por uma equipe de multiprofissionais, que pode ser composto por professores de educação física, psicólogos, médicos, nutricionista, fisioterapeutas entre outros.


CONCLUSÃO

A vigorexia é um transtorno da imagem corporal, algo relativamente novo na sociedade que é pouco conhecido e divulgado.
O profissional de educação física observar as mudanças de seu aluno e alertá-lo sobre as conseqüências desse transtorno e até mesmo como a professora Daniela disse que é através de uma avaliação física. Mas infelizmente depende da própria pessoa que está com vigorexia aceitar que está com esse transtorno para se recuperar.



ROTEIRO DO VIDEO


- Você conhece sobre vigorexia?

Perguntamos para algumas pessoas se conheciam ou ao menos se já tinham ouvido falar sobre a vigorexia. Os entrevistados foram: Alambergue Nascimento Tavares (22 anos, vendedor); João Paulo Figueiredo (24 anos, estudante); Marcelo Henrique Joaquim Costa (19 anos, estudante); Vera Lucia Rangel (22 anos, vendedora) e o Valdir dos Santos Junior (20 anos, free lance).

Explicação com base em pesquisas:

“Ao contrario da maioria dos praticantes de musculação, que fazem exercício supervisionado por no máximo duas horas diárias, o vigorexico malham por longos períodos todos os dias porque nunca estão satisfeitos com os resultados. O vigorexico malha obsessivamente por longos períodos todos os dias porque nunca estão satisfeitos com os resultados, mesmo quando seus músculos atingem o potencial máximo de desenvolvimento, continuam se ‘enxergando’ magros.” (Fonte: Mundo Jovem no OBID)
“A vigorexia próxima de outro famoso transtorno: a anorexia. Ambos têm em comum o dismorfismo corporal, que se caracterizam por uma preocupação excessiva como um defeito imaginário no próprio corpo.” (Fonte: Mundo Jovem no OBID)

- Quais os sintomas?

Pesquisamos com um dos profissionais da área voltado ao tratamento de desse tema para descobrir quais os sintomas da doença. Entrevistamos a Rosana da Costa Santos Luiz (Psicóloga)


- Quais são as características da vigorexia?

Pesquisamos com uma profissional que “geralmente” tem o primeiro contato no diagnóstico da pessoa que desenvolveu esse transtorno da imagem. Entrevista com a professora de educação física Daniela Amando.

Explicação com base em pesquisas:

“Características Comuns da Anorexia e da Vigorexia: preocupação exagerada; com o próprio corpo; distorção da imagem corporal; baixa auto-estima; personalidade introvertida; fatores sócio-culturais comuns; tendência a automedicação; idade de aparecimento igual (adolescência); modificações da dieta.” (Fonte: PsiqWeb Psiquiatria Geral)

“Não é só a saúde que é prejudicada na Vigorexia, a questão social também é afetada, no qual a pessoa deixa de viver uma vida normal de sair com a família, amigos e etc, só para ficar mais tempo treinando.” (Fonte: Psicolink)

“Às vezes as pessoa passa horas desnecessárias na academia a fim de melhorar a forma deixando muitas vezes suas responsabilidades diárias como trabalho de lado, somente para treinar.”  
“A vigorexia se evidenciam pela obsessão em torna-se musculoso. Essas pessoas olham-se constantemente no espelho e, apesar de musculosos, podem ver-se enfraquecidos ou distante de seus ideais.” (Fonte: Cooperativa do fitness)
 “Além da musculação continuada, comem de forma atípica e exagerada, podem chegar a ingerir mais de 4.500 calorias diárias (o normal para uma pessoa é 2.500), e sempre acompanhado por numerosos e perigosos complementos vitamínicos, hormônio e anabolizante.” (Fonte: Psiquiatria na Web)
 “Especialista chegam a observar ainda que, de dois a três milhões de universitários do sexo masculino já usaram esteróides anabolizantes (drogas fabricadas para aumentar a massa muscular).” (Fonte: Mundo Jovem no OBID)

“O fisiculturismo é um dos esportes que mais comumentes se relaciona com este tipo de transtorno, mas isso não significa que todos fisiculturistas tenham vigorexia.” (Fonte: Psiquiatria na Web)

“Os vigorexicos praticam seus esportes e ginástica sem levar em conta ou sem importarem com as condições climáticas, condições físicas limitadoras ou mesmo inadequações circunstanciais do dia-a-dia, chegando a sentirem-se incomodados ou culpados quando não podem realizar essa atividades.” (Fonte: Cooperativa do fitness)

“Mulheres com músculos tão proeminentes não combinam com os padrões brasileiros de beleza. Ainda assim, existem muitas que curtem acompanhar o crescimento dos próprios músculos e até mesmo compará-los orgulhosamente com os dos homens. Estas, sim, podem ser vitimas da Vigorexia.” (Fonte: Mundo Jovem no OBID)

- Quais pessoas que pode desenvolver a vigorexia?

Entrevistamos a psicóloga Rosana da Costa Santos Luiz. E buscamos um exemplo de uma pessoa com vigorexia foi a história do Greg Valentino (Fonte: Site Uêbba!!)


- Como abordar e encaminhar ao tratamento?

Pesquisamos com profissionais da área da psicologia e da educação física, para saber como abordar um aluno que está com a vigorexia orientar como pode procurar ajudar para o tratamento correto. Entrevistamos a Rosana da Costa Santos Luiz (psicóloga) e a Daniela Amato Lambrechts (educadora física)


- Qual é a forma de tratamento?

Para saber a forma de tratamento eficaz, conversamos com a psicóloga Rosana da Costa Santos Luiz e a educadora física Daniela Amato Lambrechts.



REFERÊNCIAS


Site: Mundo Jovem no OBID
http://www.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem/conteudo/web/noticia/ler_noticia.php?id_noticia=9976 – Acesso em 06 junho 2009

Site: Géh
http://www.gehspace.com/corporalidade57a60.htm - Acesso em 06 junho 2009

Site: PsiqWeb Psiquiatria Geral
http://virtualpsy.locaweb.com.br/?art=226&sec=94 - Acesso em: 02 junho 2009

Site: Cooperativa do fitness
http://www.cdof.com.br/fisio12.htm - Acesso em: 04 junho 2009

Site: Psiquiatria na Web
http://gballone.sites.uol.com.br/alimentar/vigorexia.html - Acesso em 04 junho 2009

Site: Uêbba!!
http://ueba.com.br/forum/lofiversion/index.php/t18086.html - acesso em 04 junho 2009


Entrevista

Alambergue Nascimento Tavares (Vendedor)
Daniela Amato Lambrechts (Professora de Educação Física)

João Paulo Figueiredo (Estudante)
Marcelo Henrique Joaquim Costa (Estudante)
Rosana da Costa Santos Luiz. (Psicóloga)
Valdir dos Santos Junior (Free Lance)
Vera Lucia Rangel (Vendedora)


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2º Módulo: Educação Física e Ser Humano
Unidades curriculares: Aspectos morfofuncionais do ser humano
Projeto Integrado em: "Aspectos morfofuncionais do ser humano"


Professores: Prof. Esp. Juliano Schwartz; Prof. Ms. Paulo César Esteves


Grupo de Estudos: Carlos Henrique do Carmo Leal; Cristiano de Vasconcelos; Flavio de Almeida Pinho; Jamaycon Moreira dos Santos; Simone Maria Medrado Alves de Oliveira.

Tema: Modalidade Esportiva Corrida


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3º Módulo: Educação Física e Desenvolvimento Humano
Unidades curriculares: Aprendizagem e desenvolvimento humano e Atividades rítmicas e dança.
Projeto Integrado em: "Aprendizagem e Desenvolvimento Humano"


Professores: Alessandro de Freitas; Profa. Esp. Luciene Teixeira Diniz; Profa. Ms. Maria Rita Cardoso Gomes; Prof. Dr. Roberto Gimenez


Grupo de Estudos: Allambergue Nascimento Tavares; Amanda Martins dos Santos; Diego Rodrigues Martins; Ederson Magno Felismino Machado; Marcos Marques dos Santos Júnior; Simone Maria Medrado Alves de Oliveira; Willian Campachi Alberine




MALABARISMO:
Aprendizagem através do ritmo


Trabalho apresentado à disciplina Projeto integrado em aprendizagem e Desenvolvimento Humano do curso Educação Física – Bacharel e Licenciatura Plena da Universidade Cidade de São Paulo, sob orientação dos Professores Alessandro de Freitas; Luciene Teixeira Diniz; Maria Rita Cardoso Gomes; Roberto Gimenez.


AGRADECIMENTOS

Ao Gabriel Souza Reis, a Larissa Heloísa Machado Muchiuti, ao Michael Lennon Machado Muchiuti e ao Paulo Marques Santos por ter colaborado e disponibilizado o seu tempo para contribuir de forma direta na construção do nosso projeto integrado; a Eliane (esposa do Ederson) por ter recebido o grupo em sua residência nos recepcionando de forma gentil e atenciosa, aos nossos familiares por ter compreendido a ausência em alguns momentos; aos professores que nos possibilitou a ter uma bagagem de conhecimento para ser realizado esse trabalho e ao Edvaldo Rodrigo de Souzaque mesmo distante se fez muito presente.


“Capacidade para aprender é essencial à existência biológica”
SCHMIDT & WRISBERG, 2001.


RESUMO

Hoje em dia vivemos numa época de pragmatismo, onde o Sistema financeiro capitalista nos obriga principalmente nas grandes cidades a fazer tudo muito rápido nos sugando uma das coisas abstratas mais valiosas: O tempo; impedindo-nos até de refletir e também de fazer coisas que deveriam ser feitas no seu tempo natural, os meios de comunicação em massa também influenciam muito a vida desses jovens tanto beneficamente quanto maléficamente, é importante que o profissional de Educação Física que lhe dá com essa faixa etária seja bom observador para ajudar no processo de desenvolvimento que culminará mais adiante na fase adulta. Refletindo sobre as Atividades Rítmicas e seguindo o pressuposto de que há dentre as várias definições de ritmo (fenômeno complexo) uma que fala do ritmo integrado ao ambiente (GOBBI, 2005), percebemos que os adolescentes são bastante influenciados por esse ambiente de rapidez absoluta. Uma ótima oportunidade para chamar a atenção do adolescente enquanto a necessidade de percepção de seus respectivos ritmos individuais é a prática do malabarismo, pois nessa época de pós-modernidade eles estão muito dispersos e sem consciência de si próprios. Essa proposta de trabalho se deu em apresentar a atividade de malabarismo a 04 sujeitos/adolescentes, sendo 01 deles do sexo feminino, o processo se deu com Aprendizagem em Blocos, Aprendizagem Randômica e “feedback”, na fase de retenção foi constatado que os dois jovens de faixa etária mais elevada foram os que obtiveram aprendizado/automatização da atividade rítmica/tarefa motora chamada de.

PALAVRA-CHAVE

Unitermos: Aprendizagem motora; Desenvolvimento motor; Malabarismo; Atividades rítmicas; Surrealismo; Adolescentes.



SUMÁRIO

RESUMO
1. INTRODUÇÃO
2. AMOSTRA
2.1 Característica especifica de cada indivíduo
2.2 Desenvolvimento e transformações no corpo no adolescente
2.3 Desenvolvimento motor
2.4 Desenvolvimento Cognitivo
2.5 Desenvolvimento psicossocial
2.6 Desenvolvimento moral
3. OBJETIVO
4. PROCEDIMENTOS
4.1 Tarefa, equipamento e material
4.2 Metodologia aplicada
4.3 Variabilidade da pratica
4.4 O ritmo do aprendiz
5. RESULTADO
5.1 Acompanhamentos diários do desempenho
5.2 Avaliação de aprendizagem através de teste de retenção
6. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS


1 INTRODUÇÃO

A adolescência! Essa etapa que se dá depois da segunda infância, “(...) entre 13 e 18 anos, mas agora começa mais cedo, às vezes já aos 8 anos, e não termina até aproximadamente a idade de 20 anos ou mais” (GALLAHUE & OZMUN, 2005) hormônios em ebulição, novas vivências, surto de crescimento (GALLAHUE & OZMUN, 2005), enfim, uma época que eles ou elas irão se deparar com o mundo assim como ele o é!
Utilizando o Movimento Surrealista como pano de fundo para conseguirmos olhar para a adolescência sobre essa nova temática e já observando o quadro de Girafa em Chamas (Salvador Dali, 1937), conseguimos imbricá-lo com a adolescência com figuras com pernas e braços longilíneos (surto de crescimento) e uma girafa ao fundo em chamas (ação dos hormônios, testosterona nos meninos).

“Uma paixão negativa, de destruição e de recusa de quanto entrave a integral apropriação pelo homem do seu próprio mundo e do mundo que o circunda; portanto, a destruição e a recusa de toda a legislação, de todos os tabus sociais, patrióticos ou religiosos, e, muito particularmente, os preceitos sexuais pedagógicos, hierárquicos, exigindo-se e proclamando-se a virtude do escândalo, da revolta, do sacrilégio.” (FORTINI, 1980)
Hoje em dia vivemos numa época de pragmatismo, onde o Sistema financeiro capitalista nos obriga principalmente nas grandes cidades há fazer tudo muito rápido nos sugando uma das coisas abstratas mais valiosas para nós homens: O tempo; impedindo-nos até de refletir e também de fazer coisas que deveriam ser feitas no seu tempo natural, os meios de comunicação em massa também influenciam muito a vida desses jovens tanto beneficamente quanto maleficamente, é importante que o profissional de Educação Física que lhe dá com essa faixa etária seja bom observador para ajudar no processo de desenvolvimento e crescimento que culminará mais adiante na fase adulta. Sim, vivemos na era capitalista e de consumo total!
Apesar de vivermos numa época diferente da qual o Movimento Surrealista surgiu, ele ainda nos ajuda a unir e contextualizar assuntos diversos que nos foram separados até hoje. O Sistema financeiro capitalista nos obriga a vivermos numa cultura de consumo, ele nos faz esquecer, por exemplo, até da nossa interação recíproca com a inteligência da mãe natureza e nos faz olhar às vezes para outro ser humano a princípio com um olhar extremamente analítico ou até mesmo julgador; as megacidades tornaram-se verdadeiros pólos capitalistas onde estão presentes problemas como: Desigualdade social, violência, conflitos sociais (étnicos raciais ou de outras diferenças).

“Toni Negri e Michael Hardt tentaram mostrar, recentemente, que o capitalismo mundial integrado assumiu a forma do império, ao abolir toda exterioridade, devorando suas fronteiras mais longínquas, englobando a totalidade do planeta, mas também seus enclaves até a pouco invioláveis acrescentariam Jameson, como a Natureza e o próprio Inconsciente.” (Dossiê Michel Foucault. ISSN 1414707-6 – Abril/2009-ano12, Editora Bregantini.)
Refletindo sobre as Atividades Rítmicas e seguindo o pressuposto de que há dentre as várias definições de ritmo (fenômeno complexo) uma que fala do ritmo integrado ao ambiente (GOBBI, 2005), percebemos que os adolescentes são bastante influenciados por esse ambiente de rapidez absoluta, hoje em dia, quase tosos os processos têm que ser ultrapassados, vemos por aí jovens que “pulam fases” como, por exemplo, a entrada antes do tempo na fase adulta com muitos deles sendo pais de família muito jovens. Em sua parte Sócio-Afetiva a adolescência é marcada segundo (ERIKSON, 1971) pela fase da Identidade Vs. Confusão de papel. É uma época de intensas transições que ainda são turbinadas pelos hormônios, é também um tempo em que se pode trazê-lo ou espantá-lo da sociedade. Nessa fase é preciso mostrá-los que o futuro de sua cidade, de seu estado, de sua região, de seu país, do mundo e da espécie Homo sapiens (MORIN, 2000) depende de cada um deles, para que eles possam alcançar níveis elevados em relação ao seu Desenvolvimento Moral, Moralidade Pós-Convencional (Kohlberg; 1981, 1984).

“Nesse estágio, o indivíduo determina o certo e o errado no contexto de uma estrutura lógica, consistente e universal. A dignidade e o valor de todas as pessoas da raça humana são reconhecidos. (GALLAHUE & OZMUN, 2005)

“Portanto, é preciso ensinar a unidade dos três destinos, porque somos indivíduos, mas como indivíduos somos, cada um, um fragmento da sociedade e da espécie Homo sapiens, à qual pertencemos. E o importante é que somos uma parte da sociedade, uma parte da espécie, seres desenvolvidos sem os quais a sociedade não existe. A sociedade só vive com essas interações.” (MORIN, 2004)
No Brasil em sua ampla maioria há escolas com professores às vezes sem autonomia, dando aulas não direcionadas à especificidade de aprendizado, facilidades ou especialidades que cada aluno possa ter ou desenvolver; José Pacheco cita que: “Cada ser humano é único e irrepetível, ipso facto, o trajeto de desenvolvimento de cada aluno é também único e irrepetível”.
Uma ótima oportunidade para chamar a atenção do adolescente enquanto a necessidade de percepção de seus respectivos ritmos individuais, pois nessa época de pós-modernidade eles estão muito dispersos e sem consciência de si próprios é com a prática do malabares:

“Segundo Lewbel (1995) malabarismo é a capacidade de manter um ou mais objetos no ar simultaneamente, através de arremessos e recepções. É uma complexa tarefa de percepção espacial e de habilidade cognitiva. Malabarismo é um padrão contínuo de movimento, onde em cada tempo um objeto é pego e lançado novamente (KALVAN, 1997). Truzzi (1979) completa que malabarismo e um exemplo excelente da capacidade extraordinária do homem que envolve a percepção espacial complexa e também habilidades cognitivas.” (Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2007, 6 (3): 87-92)
Dennison (1992) sugere que exercícios que atravessam a linha do plano sagital e usam os dois lados do corpo ao mesmo tempo, nesse caso o malabarismo, estimulam os dois hemisférios cerebrais, enriquecendo o processo de aprendizagem motora. Os exercícios realizados e suas complexidades fazem com que o praticante desenvolva sua capacidade de reação e raciocínio de forma eficaz e segura. (Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2007, 6 (3): 87-92)
Porém, essa atividade é usada principalmente nas ruas das grandes cidades, especificamente nos faróis de trânsito, como válvula de escape para adolescentes com ambiente familiar instável, que se encontram “perdidos” emocionalmente, enfim são vários fatores de ordem macro e microestrutural (ALBERTO, 2002) que levam alguns jovens a desenvolver esse tipo de atividade nas ruas. Como já vimos, a época da adolescência é bastante dinâmica devido a fatores intrínsecos (hormônios, Identidade Vs. Confusão de Papel, ERIKSON, 1971) e extrínsecos, no contexto extrínseco esses adolescentes encontram-se em grande risco, pois, as ruas das grandes são verdadeiros pólos de vendas de drogas (tráfico), com adultos sempre os aliciando; esses jovens em confusão com suas respectivas identidades e carentes afetivamente acabam procurando uma maneira mais fácil de afastarem-se dos problemas domésticos, ainda podendo “brincar” e ganhar dinheiro. Ao defrontar-se com os grupos que já se encontram na rua, muitas das vezes já com um cotidiano de uso de entorpecentes, os iniciantes acabam usando ou por curiosidade ou por algum tipo de iniciação (ritual) ao grupo.
Apesar de ser uma atividade executada individualmente, a atividade de malabarismo é de extrema importância para o adolescente, pois requer uma autoconcentração e interação com o ambiente, além de reforçar na memória do adolescente a síntese de que ele tem uma identidade e livrando-o de um grande mal entre os jovens que é o caso do suicídio (Ghislaine Bouchard).

“Quando direcionamos o foco para a pessoa, visamos também contribuir para o que Morin (1996, p.182) denomina de consciência de si. Por meio do pensamento a consciência pode desdobrar-se em consciência a consciência, constituindo-se em metaponto de vista, isto é, o sujeito pode se auto-observar, criando um” eu observador”. (Renato Bastos João e Marcelo de Brito. Rev.bras.Educ.Fís.Esp, São Paulo, v.18, n.3, p.263-72, jul./set. 2004)

2 AMOSTRA

A mostra foi constituída de 04 adolescentes, sendo um do sexo feminino e três do sexo masculino, todos participaram como voluntários e não possuíam experiência anterior com a tarefa.


2.1 Características especifica de cada individuo

Larissa tem 13 anos é estudante do sétimo ano do ensino fundamental. Sua vivencia com atividade física durante as aulas de educação física durante 50 minutos uma vez na semana e aos finais de semana gosta de brincar com atividades em geral.

Gabriel tem 15 anos, não estuda e não tem vivencia com atividade física.

Lennon tem 16 anos é estudante do segundo ano do ensino médio. Sua vivencia com atividade física é durante as aulas de educação física que tem ênfase no futebol e vôlei durante 50 minutos duas vezes na semana, na academia com na pratica da musculação cinco vezes na semana e na quadra com futebol society uma vez na semana.

Paulo tem 18 anos é estuda do segundo anos do ensino médio. Sua vivencia com atividade física é através da pratica futebol de salão uma vez por semana por volta de 120 minutos.


2.2 Desenvolvimento e transformações no corpo no adolescente

Durante o processo da adolescência ocorrem mudanças como o surto do crescimento, a estrutura óssea, o peso, distribuição de tecido adiposo, altura final, estrutura do corpo entre outros. A questão genética (genótipo) está muito ligada nesse processo, porém isso também vai depender das influências ambientais (fenótipo) é a alimentação, ambiente onde vivem se praticam atividades físicas etc. Na parte fisiológica existem apenas diferenças entre os sexos, mas isso não significa que um tenha mérito sobre o outro. Devido a essas mudanças o adolescente se torna um expectador das mudanças em seu próprio corpo, o que faz aumentar também a autopercepção.
Esmiuçando essa fase de nossas vidas, “ufa e que fase... A adolescência!” Essa etapa que se dá depois da segunda infância, “(...) entre 13 e 18 anos, mas agora começa mais cedo, às vezes já aos 8 anos, e não termina até aproximadamente a idade de 20 anos ou mais.” (GALLAHUE & OZMUN, 2005); hormônios em ebulição, novas vivências, novos ritmos, onde alguns adolescentes inserem-se no mercado de trabalho ou alguns deles infelizmente inserindo-se no mundo das drogas, alterando consequentemente seu ritmo natural, surto de crescimento (GALLAHUE & OZMUN, 2005); uma fase na qual os adolescentes desenvolvem sua Moralidade Pós-Convencional (Kohlberg), onde suas interações são cada vez mais constantes e necessárias para aquisições de diferentes aprendizados, enfim... Uma época que eles ou elas irá se deparar com o mundo assim como ele o é!

“Nesse ajustamento que deve ser procurado está também a nossa relação com a natureza. ‘Em vez de explorar o universo, trocar o modelo manipulatório tradicional pelo da dança mundana, na qual é o contínuo ajustar de um ao outro que vai criando um sentido, porque na dança, a interação se alicerça sobre a sensibilidade recíproca.” (Eric Landowski para O Estado de S.Paulo, publicado em 16/03/2010. Matéria de Helena Katz.)
O Movimento Surrealista pode ser visto hoje (pós-modernidade) como ligação, união e um importante tópico para imbricações de tudo que nos é separado. Utilizando o Surrealismo como pano de fundo para conseguirmos olhar para a adolescência sobre essa nova temática e já observando o quadro de salvador Dali (Girafa em chamas, 1937) que nos apresenta diferentes visões de como, por exemplo, a fase da adolescência pode ser descrita num complexo processo de desenvolvimento; a tela mostra figuras longilíneas com membros como braços e pernas também longilíneos representando por que não, o estirão puberal; mostra gavetas saindo das pernas de uma dessas figuras representando, por que não, o processo de desenvolvimento crescente do adolescente; e se olharmos no fundo da figura constatará uma girafa literalmente em chamas podendo ser consequentemente observada como a fase dos hormônios em “ebulição”, principalmente de alguns “girafões” adolescentes com a testosterona agindo ferozmente em seus organismos.
Outro embasamento que o Movimento Surrealista nos dá é de que o homem deve apropriar-se do seu próprio mundo com o intuito de sua própria unificação (Fortini, FRANCO, 1980), a fala já diz muito e alto que o homem, ou a raça humana num todo complexo não está bem situada e unificada até hoje, e uma das contribuições mais contundentes é a do Sistema financeiro capitalista que tem como uma de suas principais características, a separação por classes sociais.


2.3 Desenvolvimento motor

Para cada faixa etária existe uma característica especifica no desenvolvimento motor, pois é crescente a habilidade através das vivencias e maturação acumulada ao longo da vida.
No estudo que desenvolvemos identificamos os indivíduos estão na fase dos movimentos específicos, porém em fase diferentes segundo GALLAHUE (2005).
O individuo do sexo feminino está no estágio de aplicação que é entre 11 a 13 anos. Fase em que tem um aprimoramento crescente das habilidades e já tem a capacidade de tomar varias decisões referentes ao seu aprendizado em tarefas ambientais e individuais, o que pode faz tomar decisões através de um questionamento interno de seus limites e suas habilidades como, por exemplo, de fazer ou não alguns tipos de atividades, podendo assim gerar ansiedade.
Já todos os indivíduos do sexo masculino estão no estágio de utilização permanente, que é a partir dos 14 anos. Está no auge do desenvolvimento motor o que possibilita fazer varias habilidades de acordo com sua vivência anterior, mas o que vai motivar a continuar no processo de manutenção serão fatores como motivação, oportunidades entre outros.


2.4 Desenvolvimento Cognitivo

O Adolescente está no estágio operatório formal segundo teoria de Jean Piaget, ou seja, é capaz de pensar por todos os lados de uma situação problema de forma sistemática e tem uma grande capacidade de memória referente aos estágios anteriores o que faz conseguir reter uma informação que possa ajudar a resolver situações de forma abrangente e consistente segundo diz COLE (2004).


2.5 Desenvolvimento psicossocial

A adolescência está na fase da “Identidade versus Confusão de papeis” conforme define ERIKSON (1976) em uma citação que resume todo esse processo quando diz que a adolescência “(...) é a etapa psicossocial entre a infância e a idade adulta, entre a moral aprendida pela criança e a ética a ser desenvolvida no adulto”. (ERIKSON, 1976 p.422)
O adolescente é muito questionado devido a constantes mudanças de forma rápida, é uma fase que se preocupam com o julgamento dos outros, gosta de novidades, de andar em grupos da mesma idade com o objetivo de aproximar os seus gostos, buscam a liberdade, não tem uma identidade formada e buscam no outro através de ídolos, paixões de forma intensa. Tem aqueles também gosta de ser diferente em vários aspectos com o objetivo de se defender das grandes mudanças que está acontecendo com ele.

2.6 Desenvolvimento moral

Segundo os 6 estágios de KOHLBERG o adolesceste está no nível 3 que é o Pós-Convencional, seu raciocínio moral através da idéia de um contrato social, ou seja, começa reconhecer que existem pessoas diferentes, com opiniões e valores distintos, e que precisa respeitá-las devido a esse contrato social e o que o torna mais uma pessoa mais racional. COLE (2004)


3 OBJETIVO

O objetivo central do projeto foi ensinar a prática do malabarismo com 3 bolas para um grupo de adolescentes onde contou com a participação dos estudantes do curso de Educação Física Bacharelado e Licenciatura - Módulo Educação Física e Desenvolvimento Humano; onde desempenhou a função de instrutores baseados nas técnicas da aprendizagem que foi estudado durante o primeiro semestre de 2010.
A atividade de malabarismo trabalha a coordenação bimanual, fazendo movimentos com os dois braços simultaneamente, adequando o objeto a um padrão de movimento, concentração para manter os objetos em movimentos aéreos sem deixar cair no chão além da visão periférica.
O indivíduo que aprender essas habilidades terá a possibilidade de aplicar esse conhecimento em futuras atividades como atividades que exijam essas práticas como nos esportes coletivos: Vôlei, basquete; esportes individuais como, tênis, tênis de mesa e todos os tipos de luta, entre outros; atividades rotineiras como dirigir um automóvel, andar entre a multidão como nos transportes públicos nas épocas sazonais.
Pensando na quebra do paradigma da educação física esportivista, apresentamos uma nova vivência de movimento, para um novo conhecimento em uma atividade lúdica, sendo profissionais inovadores temos a missão de despertar novos conhecimentos; direcionando-nos nesta prática temos o objetivo de realizar algo fora do cotidiano.
Outro objetivo desenvolvido nesse trabalho foi estimular os adolescentes a trabalharem com os seus respectivos ritmos, ou seja, seus ritmos individuais. Considerando que o ritmo faz com que a pessoa adquira qualidade no movimento, auxilia na incorporação técnica, reforça a memória, aperfeiçoa coordenação, desenvolve a criatividade e o ritmo natural entre outros benefícios citado por ARTAXO (2003). Outro objetivo da atividade proposta foi desenvolver o ritmo de cada aprendiz em conjunto com a aprendizagem para obterem-se todos os benefícios que o ritmo possa facilitar nesse processo, ou seja, foi trabalhado o ritmo de forma individual, pois haverá o conhecimento de uma nova atividade e também estimulamos ao estilo próprio.

“(...) Neste trabalho, buscou-se desenvolver as tarefas que abarcariam todas as funções da organização temporal como estabelecimento e manutenção de um ritmo preferido/confortável; percepção de ritmo... e capacidade de reproduzi-lo com movimentos, sincronização do ritmo pessoal...” (Luis Eduardo Bastos Pinto Tourinho Dantas Edison de Jesus Manoel. Movimento, Porto Alegre, v. 15, n. 03, p. 293-313, julho/setembro de 2009.)
Por ser um trabalho através do ritmo individual, foi examinada a característica de cada um para ser aplicados os feedbacks da melhor forma e consequentemente obterem os melhores resultados.
Foi trabalhado através dos estímulos dos sistemas sensoriais (visão, audição, cinestesia), ou seja, passamos informações e comando por influência verbal de demonstração visual e auditiva, podendo ser identificado o estimulo através do sistema exteroceptor para que sejam enviadas essas informações para o sistema nervoso onde será selecionada e processada a resposta e enviada para o sistema interoceptor, para que os músculos correspondam ao que foi solicitado, onde esse processo é denominado sistema de processamento de informação segundo SCHMIDT & WRISBERG, (2001), pois o ritmo está nas atividades a partir do momento tensão-relaxamento-tensão dos músculos, tendo capacidade de variar os movimentos, seja na velocidade,força, espaço / tempo; e no malabarismo com bolas acontece, pois quem determina todo o processo é o executante.
Isso porque a antecipação receptora é um processo complexo que envolve simultaneamente componentes espaciais e temporais. Para realizar uma tarefa de timing coincidente com sucesso, o indivíduo deve ter a capacidade de antecipar o momento de ocorrência do evento (aspecto temporal) e a sua localização (aspecto espacial). Ele também precisa ser capaz de prever seus processos intrínsecos, como o tempo necessário para o processamento de informações e para a realização do movimento. Essas capacidades são adquiridas à medida que o mecanismo perceptivo, os processos de memória e o raciocínio desenvolvem-se. (Andrea Freudenheim, Jorge de Oliveira, Umberto Corrêa, Paula Oliveira, Luiz Dantas, Jane Silva, Cássia Moreira, Go Tani. Tarefa complexa de timing coincidente. Rev Port Cien Desp 2 (V) 160–166)
Existe uma questão interessante que auxilia e é eficaz para a execução de atividades bimanuais que MAGILL (2000) cita sobre a questão da polirritmia que é uma questão que influência muito pelo fato do executante ter que desenvolver os mesmos movimentos com os dois membros já que o membro predominante sempre esta adiantado nas execuções. . Para que aja o mesmo movimento dos dois membros necessário muito treino e para eu haja ritmo no malabarismo os membros tem que estar em perfeita harmonia no movimento, ou seja, embora os movimentos sejam relativamente iguais, à uma diferença de tempo entre um e o outro pois nunca se começa o malabarismo lançando duas bolinhas das duas mão de uma só vez, e por ser uma em sequência da outra, é necessário que a mão secundaria siga a velocidade da mão primaria tornando assim um ritmo cíclico dando um toque de arte na atividade e conseguindo executar o malabarismo.
Além deste sincronismo dependente da questão polirritmia que o executante tem que desenvolver, Maggil ressalta que durante a execução o executante segue possíveis “relógios internos” que influencia o lançamento da mão mais rápida, sendo assim a mão mais lenta acaba seguindo a polirritmia e a variabilidade de tempo da mão mais rápida. “(...) A estrutura rítmica observada no desempenho provem das propriedades dinâmicas dos membros ao desempenhar movimentos rítmicos.” Desta forma vemos que a polirritmia da ao executante a precisão dinâmica quando se consegue que os dois membros executem os movimentos coordenados.
É importante que haja a percepção de força que é um dos requisitos fundamentais do movimento “(...) A força é necessária para iniciar, alterar ou parar o movimento; ela interfere na taxa de variação do momentum de um objeto e esta envolvida na ação e reação que ocorrem como resultado da interação entre objetos”, pois desta forma o executante passa a ter uma precisão exata de “tempo” para que ele possa lançar a bola antes que a outra chegue e “espaço” para que as bolas não venham se chocar no ar durante o movimento de lançar e pegar as bolas.
É interessante notar que a razão temporal fornece um tempo ideal para a permanência do objetos no ar e para serem apanhados a fim de minimizar a chance de colissão dos objetos no ar. Alem disso, prender a bola três quartos do tempo entre as apanhadas leva a um joga-e-pega preciso e estável da bola ao longo de toda a sequencia de ciclos do malabarismo (MAGGILl, 2000).
O ritmo é um meio de educação que possui um aspecto espontâneo, individual e subjetivo, ligado ao mais profundo do ser, e também às estruturas neuromotoras e psicomotoras mais arcaicas, mais primitivas” (LAPIERRE & AUCOTOURIER, 1983 citado por LUIZ, 2008). Isso mostra que o ritmo individual e mesmo a metodologia proposta sejam a mesma para todos, sabendo que cada um teve uma maneira de perceber diferente, com uma consequente diferença no desempenho de cada um.
O malabarismo é uma atividade que desenvolve muito a agilidade, percepção visual e coordenação motora que é afirmado no artigo cientifico (Fluência do malabarismo na aprendizagem), resposta ao estimulo visual e memória.

“(...) exercícios que atravessam a linha sagital e usam os dois lados do corpo ao mesmo tempo, nesse caso o malabarismo, estimula os dois hemisfério cerebrais, enriquecendo o processo de aprendizagem motora. Os exercícios realizados e suas complexidade fazem com que o praticante desenvolva sua capacidade de reação e raciocínio de forma eficaz e segura. (Dennison, 1992 citado por Marjorie Mansur)

4 PROCEDIMENTOS

A partir do momento que tivemos o nosso objetivo concluído, foi feita estratégias para conseguir alcançar, para isso foi planejada de acordo com que foi estudado e pesquisado nas disciplinas durante as aulas e seminários.


4.1 Tarefa, equipamento e material

A tarefa consistiu em os adolescentes manterem três bolinhas de tênis em ritmo cíclico (atividade de malabares) se possível sem deixá-las cair em solo.


Passo a Passo

1º. Jogar uma bola pra cima sem acompanhar a trajetória da bola e pegar com a mesma mão, fazer primeiro com uma mão e depois com a outra e depois com as duas mãos ao mesmo tempo;
2º. Com uma bola, jogar de uma mão para outra;
3º. Uma bola em cada mão, jogar cada bola de uma mão para a outra, dando um tempo entre um lançamento e outro, depois fazer sem parar.
4º. Fazer o movimento anterior sem parar e jogar no meio das duas bolinhas a terceira bola.
O sujeito sempre irá ficar com uma bolinha em cada mão e a terceira no ar, quando ela estiver caindo, jogar outra pra cima e pegar a que estiver caindo, alternando as mãos, assim fazendo o malabarismo com três bolinhas. Para variabilidade da prática foram utilizadas “bolas de meia” e pequenas pedras. Também foi utilizado um cronômetro para controle do tempo durante os testes de retenção. Para variabilidade da prática foram utilizadas “bolas de meia” e pequenas pedras. Também foi utilizado um cronômetro para controle do tempo durante os testes de retenção.

4.2 Metodologia aplicada

No processo de aprendizagem utilizamos a metodologia em “parte- todo” que na atividade proposta foi quando passamos um movimento por vez para os aprendizes e cada movimento dependia dos anteriores para ser bem executado, segundo MAGILL (2000)
Assim temos exemplos,
Durante o processo utilizamos os três sistemas sensoriais (cinestésico, auditivo e visual).
No primeiro contato que os aprendizes tiveram com o malabares foi feita a técnica demonstração por observação (MAGILL, 2000), aonde os mesmos tiveram o seu primeiro contato com a tarefa, mesmo que superficialmente, consequentemente despertando interesse dos adolescentes em aprender a atividade.
No processo de aprendizagem foi lhes ensinado um movimento por vez e a cada novo movimento o nível de complexidade era maior.
Durante o processo de aprendizagem observamos a evolução de cada um. Ao iniciar o processo todos erravam muito isso porque o ritmo permanecia naquele determinado tempo instável, assim, a contração e relaxamento dos músculos estavam rígidos no que resultava um desequilibro com as bolas.
O principal sistema sensorial utilizado nesse momento foi o visual, utilizado para acompanhar a movimentação das bolas e conseqüentemente sendo enviadas as informações para o sistema nervoso, assim posicionando o corpo para receber a bola, como resposta foi utilizada o cinestésico.
A atenção estava somente no seu próprio movimento, isso porque ainda estavam começando a se adaptar, e, neste momento isso era o mais importante afirma SCHMIDT, 2001 p.86 na seguinte citação “(...) as pessoas têm uma capacidade limitada processar informação do ambiente para prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo”. Com isso os adolescentes jogavam a bola fora do seu alcance a ponto de ter que parar a tentativa a todo o momento, o que já era de se esperar na fase.
Os primeiros feedbacks foram de acordo com a situação, pois iria influenciar dar varias informações, devido o seu foco esta no seu próprio movimento. As informações foram de forma descontraída com mais ênfase em incentivar a fazer o movimento. Podemos dizer que durante a aprendizagem, após demonstrar a sequência dos movimentos observamos que não conseguimos resultados com o método de feedback aumentado concomitante, pois durante o decorrer do exercício os aprendizes estão se auto avaliando com o feedback assim MAGILL (2000) diz que o feedback aumentado tanto pode auxiliar o aluno quanto pode atrapalhar, pois o aluno pode acabar ficando dependente do feedback e em uma eventualidade parar os movimentos, então utilizamos feedback aumentado terminal, aonde era dado sempre no final de cada execução dos movimentos sejam corretos ou incorretos e com isso obtemos um resultado positivo.
No segundo momento percebemos que ouve uma pequena melhora nos movimentos dos aprendizes, porém continuou com alguns erros, o que neste caso poderíamos identificar que começou a passar para o estágio associativo da aprendizagem. Trabalhamos o sistema sensorial auditivo, com as orientações, pois neste momento os indivíduos tinham condições de dar atenção para o nosso estímulo.
Durante o desenvolvimento da atividade observamos que o ritmo foi se aperfeiçoando nos aprendizes, “(...) Praticar a habilidade como um todo parece ajudá-los a sentir melhor o fluxo e o ritmo de todos os movimentos” (MAGILL, 1984). O ritmo está presente em todos os estágios e em todos os movimentos, com o processo da atividade o ritmo foi deixando de ser instável e virando um ritmo estável (cíclico) assim visando à melhoria do trabalho.
No estagio final do processo os comportamentos foram variados, pois alguns indivíduos continuaram com as mesmas características do estágio associativo e outros evoluíram no nível de complexidade dos movimentos, provando assim que o ritmo tornou-se estável e cíclico, ou mesmo um ato autônomo da aprendizagem do movimento.


4.3 Variabilidade da pratica

Uma das opções para avaliar como foi o processo de aprendizagem é através da variabilidade da pratica, onde verificamos o procedimento no livro “Aprendizagem Motora Conceitos e Aplicações”.

“(...)A vantagem primordial que o aprendiz tira das experiências praticas que promovem a variabilidade do movimento e do contexto está na capacidade crescente de desempenhar a habilidade em situações de testes futuras. Isto significa Que a pessoa adquiriu uma capacidade crescente de desempenhar a habilidade praticada e aprendeu a adaptar-se a novas condições que possam caracterizar a situação de teste. ” (MAGILL, 2000 p. 142).
Nosso grupo optou por trocar as bolas por objetos como bola de meia de tamanho pequeno e grande e por pedras, com isso os sujeitos estão vivenciando por conseqüência uma nova oportunidade de aproveitar a habilidade.


4.4 Ritmos de cada aprendiz

Durante o processo de aprendizagem observamos que Lennon (16 anos) e Paulo (18 anos) se desempenharam com facilidade durante todo o processo, então são consideradas pessoas rítmicas.
Já Larissa (13 anos) não obteve o mesmo resultado durante o desempenho, mediante a essa situação investigamos se tinha alguma patologia neuromuscular para saber se era uma pessoa arrítmica, concluímos que não havia patologia alguma; então foi detectada através de conversas durante a atividade a falta de segurança em si mesma (Confusão de papéis, Erick Erickson, 1971) isso foi identificado através de repetições de falas por diversas vezes “eu não vou conseguir” ou “eu não consigo”, mesmo antes de começar a atividade. Neste caso ela é uma pessoa não-arrítmica assim dificultando a execução correta da atividade. (SCHMIDT & WRISBERG, 2001).
O jovem Gabriel não conseguiu desempenhar com sucesso a atividade proposta, assim podemos avaliá-lo como não-arrítmico.


5 RESULTADOS

Foram aplicado teste para saber em números o que estava mudando em nossos aprendizes, ou seja, se realmente estava se obtendo a aprendizagem.


5.1 Acompanhamentos diários do desempenho

Para verificarmos o desempenho diário e verificar o grau de evolução da aprendizagem, ou seja, para saber o estágio de aprendizagem, foi feita anotações de acordo com os números de tentativas de acertos a cada dia das sessões de 10 minutos.


5.2 Avaliação de aprendizagem através de testes de retenção

A forma mais comum de aplicar um teste de retenção diante de uma habilidade motora “(...) consiste em fazer com que a pessoa desempenhe uma habilidade que já praticaram, mas que não tenha praticado há certo tempo” (MAGILL, 2000 p. 141) o que nesse processo foi utilizado o intervalo de 48 horas. Com esse teste é possível avaliar fez a retenção ou não da atividade proposta. Podemos julgar se houve a aprendizagem ou não através de uma comparação entre o 1º dia da atividade e o teste de retenção, de acordo com a melhora podemos saber se ouve realmente a aprendizagem.
O gráfico abaixo ilustra o resultado final da nossa tarefa, analisando-o conseguimos saber quais deles aprenderam a atividade proposta. Lennon e Paulo obtiveram um nível mais baixo de erros, portanto concluímos que eles aprenderam a tarefa ao contrário de Larissa e Gabriel onde obtiveram uma margem de erros maior que 35, ou seja, mais de 50% do total estipulado.


Componentes Quantidade de erros

Larissa 61, Gabriel 49, Lennon 7 e Paulo 11

Esse gráfico ilustra o resultado final da nossa tarefa, observando-o conseguimos saber quais deles aprenderam a atividade proposta. Lennon e Paulo obtiveram um nível mais baixo de erros, portanto concluímos que eles aprenderam a tarefa ao contrário de Larissa e Gabriel onde obtiveram uma margem de erros maior que 35, ou seja, mais de 50% do total estipulado.


6 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Concluímos que depois de todo o processo proposto e dos testes que comprovam a aprendizagem/retenção, dentre os quatro sujeitos, dois deles conseguiram chegar ao nível de aprendizado e os outros dois não. Observamos que no inicio do trabalho a insegurança foi o que mais atrapalhou em todos os aprendizes, mas isso foi sendo solucionado através de feedbacks; não funcionou com todos eles, pois o único sujeito do sexo feminino (Identidade Vs. Confusão de papéis, Erick Erickson, 1971) o tempo todo dizia que não iria conseguir e isso se unia com o medo de errar, assim fazendo com que ela não conseguisse executar os movimentos e à medida que ia conseguindo adquirir um padrão de movimentos, dispersava-se e não conseguia concentrarem-se quando estava no estágio cognitivo. Outro indivíduo (Identidade Vs. Confusão de papéis, Erick Erickson, 1971) também não conseguiu chegar à aprendizagem, um dos motivos foi devido a falta de treino, pois alguns dos dias marcados para treinar ele não pode comparecer, isso foi um fator preponderante para o não aprendizado do mesmo.
Já os outros dois indivíduos que se encontram num processo de Identidade mais evoluído e também de Moralidade Pós- Convencional (Kohlberg, 1981) conseguiram aprender a atividade.
Algo que também foi percebido é que nos treinamentos o que servia de estimulo para alguns aprendizes era o tempo em que eles conseguiam manter as bolinhas no ar sem deixar cair, servindo assim como uma motivação para melhorar cada vez mais. Depois que os dois indivíduos já tinham aprendido, começaram a aperfeiçoar seus movimentos, começando a fazer movimentos diferentes com a bolinha, por exemplo, mudar a trajetória, subir escadas e cadeiras, neste momento deixamos os sujeitos livres para que ocorresse uma exploração de espaço na atividade. Após o termino da exploração espacial demos a eles o feedback onde relatamos que intrinsecamente eles enriqueceram a atividade explorando o espaço.
Desse modo entendemos que não podemos limitar os alunos perante uma prática, pois isso auxilia no desenvolvimento de sua aprendizagem e ajuda na confiança em si (Identidade Vs. Confusão de papéis Erick Erickson, 1971).
Sabemos que adolescentes estão em processo de desenvolvimento afetivo social confuso com seus papéis e buscando uma identidade e é em cima desse fator que o profissional de Educação Física deve trabalhar quando se fala em aprendizagem de habilidades na adolescência, pois é nessa fase que é desenvolvida sua moralidade pós-convencional, uma época muito importante para a construção de um pensamento mais global, com isso é também importante dar ênfase em atividades que proporcionam um autoconhecimento com ritmos individuais, pois esses estão muito dispersos e agitados (hormônios) também devido aos meios de comunicação em massa (velocidade de informações). Seria importante que novos estudos dessem ênfase em como o fator ritmo pode ser desenvolvido nas pessoas.


7 REFERÊNCIAS

ARTAXO, Inês Ritmo e movimento. Guarulhos, SP: Phorte editora, 2003.

COLE,Michael O desenvolvimento da criança e do adolescente. 4ªed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 800p.

ERICKSON, Erick. Infância e sociendade. Rio de Janeiro: Zahar, 1971. 404p.

FORTINI, Franco. O Movimento Surrealista. 2ªed. Lisboa: Presença, 1980. 230p.

GALLAHUE, David L. Compreendendo desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3ª ed. - São Paulo: Phorte, 2005 600p.

GOBBI, Sebastião. Bases teórico-práticas do condicionamento físico. Rio e Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 265p.

MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2000

MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 2º ed. São Paulo: Editora Cortez, 2000.

ROSE, Dante J. Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2003 136p.

SCHIMIDT, Richard A. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada em problema - 2º ed. Porto Alegre: Artmed editora, 2001.

SITE: Educar Para Crescer
Dossiê Michel Foucault. ISSN 1414707-6 – Abril/2009-ano12, Editora Bregantini. Disponível em Acesso em 25 abr 2010

SITE: Revista Educação
Entrevista com José Pacheco, Lições da Ponte. Revista Educação - Edição 146 Disponível em Acesso em 20 fev. 2010

CIRINO, Daniele Cristine da Silva; ALBERTO, Maria de Fátima Pereira. Uso de drogras entre trabalhadores prococes na atividade de malabares. Rev.bras. Educ. Fís. Esp, São Paulo, v.18, n.3, p.263-72, jul./ set. 2004

LAPIERRE & AUCOTOURIER, 1983 citado por LUIZ, Teumaris R. B., 2008. uso de softwares para estimulação da percepção do surdo frente aos parametros de velocidade do ritmo : proposta de utilização do Bpm Counter e do Vpm Counter no programa de atividade ritmicas adaptado as pessoas surdas. Disponivel em Acesso em 17 fev. 2010

MANSUR, Marjóri; VILARINHO, Rodrigo; FERRAZ, Julio César; ROCHA, Marcel; MADUREIRA, Fabrício. Influência do malabarismo na aprendizagem, resposta ao estimulo visual e memória de idosos. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2007, vol. 6, (3): 87-92

Andrea Freudenheim, Jorge de Oliveira, Umberto Corrêa, Paula Oliveira, Luiz Dantas, Jane Silva, Cássia Moreira, Go Tani. Tarefa complexa de timing coincidente. Rev Port Cien Desp 2 (V) 160–166

Renato Bastos João e Marcelo de Brito. Rev.bras.Educ.Fís.Esp, São Paulo, v.18, n.3, p.263-72, jul./set. 2004

Eric Landowski para O Estado de S.Paulo, publicado em 16/03/2010. Matéria de Helena Katz

Luis Eduardo Bastos Pinto Tourinho Dantas Edison de Jesus Manoel. Movimento, Porto Alegre, v. 15, n. 03, p. 293-313, julho/setembro de 2009


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4º Módulo: Educação Física e Atividades Gímnicas
Unidades curriculares: Aprendizagem e desenvolvimento humano; Atividades rítmicas e dança e Estágio: Educação Física no Ensino Fundamental e
Projeto Integrado em: "Aprendizagem e Desenvolvimento Humano"
 

Professores: Alessandro de Freitas; Profa. Esp. Maria Helena Aita Kerbej



Tema 1: Ginástica geral na adolescencia e Tema 2: Ginastica geral no ambiente escolar

Grupo de Estudos: Allambergue Nascimento Tavares; Amanda Martins dos Santos; Diego Rodrigues Martins; Ederson Magno Felismino Machado; Marcos Marques dos Santos Júnior; Simone Maria Medrado Alves de Oliveira; Willian Campachi Alberine




Ginástica geral em condominio:
Corporeidade através do lúdico


PLANO DE AULA: GINÁSTICA GERAL NA ADOLESCENCIA


Para trabalhar com a ginástica geral o grupo foi pesquisar as características do adolescente para verificar e justificar as necessidades que eles apresentam e de como a ginástica geral pode colaborar nesta faixa etária.
Segundo PAPALIA (2006) a adolescência é considerada as pessoas que estão entre 11 aos 20 anos, porém o mesmo afirma que não tem como calcular com precisão, pois pode variar por pessoa, uns pode começar mais cedo ou mais tarde e assim por diante e para GALLAHUE (2005) essa faixa tem variações entre 10 a 20 anos separado em dois momentos em pré-pubescência e pós-pubecência.
A escolha da ginástica geral como manifestação gímnica para as experiências de ensino aconteceu por acreditarmos na sua importância como conhecimento social e histórico. BERTOLINE (2005) ressalta que devido as suas características principais, a ginástica geral (ginástica para todos), apresenta-se como sendo a ideal para o trabalho com a ginástica na escola. Esta tem como características: a fusão de todos os fundamentos dos mais variados tipos de ginásticas, do teatro, da dança, da capoeira, dos elementos circenses e de outros elementos da cultura corporal, com ou sem utilização de materiais. Pode dar-se a partir dos saberes inscritos na cultura popular, nos saberes filosóficos, nos saberes artísticos e também nos saberes científicos. Além do mais, deve permitir a participação de todos e o respeito aos limites individuais e coletivos. Segundo AYOUB (2003), rompe com a padronização de movimentos técnicos e sugere a (re) significação dos gestos. Além disso, alguns autores como AYOUB (2003), BARBOSA (1999), BERTOLINE (2005) ressaltam que devido as suas características principais, a ginástica geral, apresenta-se como sendo a ideal para o trabalho com a ginástica na escola.
Para a escolha de faixa etária do nosso projeto de atividades gímnica com a ginástica geral, recorremos a diversos artigos e livros específicos sobre a temática e escolhemos o adolescente. Por se tratar de uma fase caracterizada por alterações em diversos níveis - físico mental e social que para ERIKSON apud SCELZA, (2002), é na face da adolescência que são coordenadas ás concepções que servirão de base e orientação para os anos seguintes.
Através dos diálogos pedagógicos que se estabelecem entre estes "parceiros culturais" é que vai sendo estruturados, organizados e traçados os contextos educativos que fazem o processo ensino-aprendizagem evoluir da "curiosidade ingênua" a "curiosidade epistemológica" (FREIRE, 1997).
Para refletir sobre tais questões nos remete-se inicialmente a SNYDERS (1988) que, se reporta a relação professor-aluno como sendo um encontro entre "parceiros culturais" o que significa, portanto, para o professor, o abandono de seu 'pedestal' de detentor do conhecimento, na busca de reconhecer que, sem renunciar a seu papel pedagógico, ele precisa levar em conta e a sério os alunos, respeitando-os e fazendo-os partilhar da alegria de compreender, agir e progredir em direção a satisfação cultural escolar, numa perspectiva em que o conhecimento é considerado como algo a ser construído coletivamente.
Após longas conversas com nossos alunos adolescentes constatamos que essa pratica corporal não tinha feito parte no seu desenvolvimento estudantil, por falta de vivência dos professores ou por escolherem atividades mais conhecidas e mais próximas do cotidiano dos alunos exemplo: futebol, vôlei, handball e basquete, após estudarmos os benefícios desta modalidade escolhemos levar a ginástica geral para a vivencia corporal nossos alunos adolescentes.
Lembrando que a ginástica geral tem como finalidade: todos podem e devem participar não importa a idade, altura, peso, flexibilidade. Ela tem o intuito de promover o lazer à alegria e a interação entre as pessoas, características que foram comprovadas no decorrer do projeto através do desenvolvimento da criatividade, da ludicidade e da participação, a apreensão pelos alunos das inúmeras interpretações da ginástica, e a busca de novos significados e possibilidades de expressão gímnica (AYOUB, 2003).
Criatividade essa que ficou clara na utilização de mímicas referente à atualidade e o cotidiano como movimentos da ginástica geral, vale ressaltar que esta tem como características: o acolhimento dos gestos de diferentes ginásticas, da dança, do teatro, da capoeira, dos elementos circenses e de outros elementos da cultura corporal, com ou sem utilização de materiais. Pode se dar a partir dos saberes inscrito na cultura popular, nos saberes filosóficos, nos saberes artístico e também nos saberes científico. Além do mais, deve permitir a participação de todos e o respeito aos limites individuais e coletivos.
Por isso, descobrimos que o nosso papel com a experiência de educadores era proporcionar aos alunos um repertório amplo de atividades, utilizando todos os conteúdos que a ginástica geral proporcionou para que eles tivessem a oportunidade de experimentar novos movimentos, criar, relacionar-se desenvolvendo assim seus domínios cognitivos, motor e afetivo-social.

PORQUE GINÁSTICA GERAL

Ao longo deste trabalho, já pudemos observar o quanto a ginástica geral é rica em conhecimento e diversidade cultural, proporcionando aos alunos inúmeros benefícios físicos e psicológicos. Mas mesmo assim alguns profissionais podem questionar fazendo as seguintes perguntas: Por que ensinar a ginástica na escola? Por que ensinar a ginástica geral? Poucos professores ministram aulas de ginástica escolar, e a ginástica geral é ainda menos ensinada e conhecida por parte deles. NISTA-PICCOLO (1999) ressalta que isso se deve ao fato de que muitos não tiveram vivências anteriores com ginástica e por isso desconhecem o caráter pedagógico no processo de aprendizagem da atividade corporal.
DARIDO (2005, p. 74) complementa dizendo que as aulas normalmente baseiam-se em aulas de cunho esportivo porque “os professores experimentaram por mais tempo, e provavelmente com mais intensidade, as experiências esportivas”. Assim, muitos professores não têm experiências com a ginástica e outros conteúdos, trabalhando muitas vezes somente com esportes coletivos (futebol, basquete, vôlei, handebol) com os alunos como já foi mencionado logo acima pelos relatos dos nossos alunos, com isso limitando-os, assim, de terem outras vivências. Não que estes conteúdos não devem ser ensinados, pelo contrário, mas devemos lembrar que a educação física deve ser ensinada de maneira pluralizada, ou seja, ela é constituída por jogos, esportes, lutas, ginásticas e dança, sendo assim um campo muito rico para trabalharmos e ampliarmos nossos conhecimentos para que possamos ser bons professores e darmos acesso para os alunos sobre as diversas atividades corporais.
Professores aplicam atividades referentes à ginástica no sentido de aquecimento/alongamento dos músculos no início e no fim da aula. Algumas explicações por não trabalharem a modalidade ginástica além da dificuldade em ensinar as acrobacias seriam porque não tem conhecimento sobre o que é ginástica geral, onde aqueles que são formados há muitos anos não tiveram essa disciplina na faculdade e desconhecem essa ginástica de caráter demonstrativo e pedagógico.

Desenvolvimento físico

É uma fase marcada por diversas mudanças e de forma muito rápida, tanto física como fisiológica. Segundo FREIRE (2006) esse crescimento nem sempre acontece de forma estruturada podendo gerar vícios de posturas e evitar alguns movimentos, pois tem um crescimento corporal acelerado junto com as alterações sexuais, e com isso reflete na coordenação motora que segundo GALLAHUE (2008) é a capacidade em integrar o sistema motor separados por estruturas sensoriais e articuladas em movimentos eficientes. O que na fase anterior os movimentos foram refinados e precisos, hoje causa insegurança.
Para GALLAHUE (2005) o adolescente esta na fase dos movimentos especializados e tem algumas fases que é estágio de aplicação (de 11 até 13 anos) e o estágio de utilização permanente (após 14 anos).
Segundo FREIRE (2006) alega que a pratica de atividades física regulares auxilia na volta da reestruturação da coordenação adquirida no estágio de transição dos movimentos especializados. Na ginástica geral será muito bom para o adolescente, pois é uma atividade que não tem um objetivo de competição e sim da cooperação e também não tem movimentos padrões para chegar à perfeição, ou seja, cada pessoa faz os movimentos dentro da sua limitação e criatividade, o que resulta na liberdade de movimento e não expõem perante aos colegas.
“(...) é a ginástica para todos, para cada um, acessível para todas as idades e que traz em sua base uma educação física para todos, para cada um. É a possibilidade de se praticar a ginástica a seu modo, de acordo com as suas convicções, possibilidades, capacidades, necessidade, meios físicos disponíveis, enfim, adaptando-a aos seus interesses e ao seu meio ambiente” (AYOUB 2003 apud WILLISEGGER)
Desenvolvimento Cognitivo

Adolescente pensa de forma abstrata e hipotética, para PIAGET ele está na fase das Operações Formais que começa aos onze anos. FREIRE (2006) diz que o ambiente do jogo dá a oportunidade do jovem criticar e discutir algo que faz sentido.
Na ginástica geral promove a construção de movimentos e com isso os participantes podem discutir sobre a temática e também como serão realizadas as sequência entre um movimento e outro.

(...) Nosso objetivo é promover a aprendizagem dos movimentos gímnicos e a ginástica geral e promover a socialização, flexibilidade da se adaptar a mudanças da situação causando tirando da situação de conforto e principalmente e troca de experiências entre os aprendizes. (PALIOLELO – GGU)

Desenvolvimento Psicossocial

Essa fase é marcada pela busca da identidade e os amigos são importantes nessa fase, pois através deles que desenvolvem o auto-conceito, e também começa lidar com situações emocionais de conflitos e tentam se desvincular do ambiente familiar.
Para ERIKSON (1976) essa fase está na identidade versus confusão de papéis que vai desde o início da adolescência até a fase adulta, é uma fase que procuram saber qual é o verdadeiro sentido na sociedade, ou seja, qual é o seu papel.
Como na ginástica geral promove a integração entre os participantes, pode ser uma oportunidade se aproximar com outras pessoas que não seja necessariamente do seu convívio familiar, e também ter mais consciência corporal através dos movimentos do todos os segmentos corporais e com isso buscar e desenvolver sua identidade, pois a GG respeita a participação de cada individuo.

"Um dos seus compromissos e incubência fundamentais são oferecer um vasto campo de atividades para um grande numero de pessoas, proporcionando variedades, diversão e a oportunidade de ser criativo". (AYOUB, 2003 p.47)

ABORDAGEM DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Construtivista: Será utilizada a abordagem da educação física construtivista, pois segundo DARIDO (2005) alega que “(...) é a construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, numa relação que extrapola o simples exercício de ensinar e aprender.” Iremos trabalhar com a cultura dos alunos e o resgate das vivências corporais e os mesmos irão criar suas próprias regras e construindo seu próprio conhecimento.

“O construtivismo na área da educação física tem o mérito de considerar o conhecimento que o aluno já possui, resgatando sua cultura de jogos e brincadeiras. A abordagem busca envolver essa cultura no processo de ensino e aprendizagem, aproveitando as brincadeiras de rua, os jogos com regras, as rodas cantadas e outras atividades que compõem o universo cultural dos alunos. Ela representa uma alternativa aos métodos diretivos de ensino, pois o aluno constrói o seu conhecimento a partir da interação com o meio, resolvendo problemas.” (DARIDO, 2005 p. 11)

E no ultimo dia dos encontros será feira a proposta de uma composição coreográfica, o que irá gerar uma auto-avaliação.

Desenvolvimentista: Iremos também trabalhar com a abordagem desenvolvimentista para analisar como cada indivíduo se movimenta a fim de verificar quais são seus erros no movimento e as limitações, ou seja, verificar quais os pontos positivos e negativos, com o objetivo de trabalhar nossas atitudes perante o aluno conforme a necessidade de cada pessoa.

"(...) o movimento é o principal meio e fim da Educação Física, garantindo a especificidade do seu objeto. (...) privilegiar a aprendizagem do movimento, embora possam estar ocorrendo outras aprendizagens em decorrência da pratica das habilidades motoras – um dos principais conceitos mais importantes dentro dessa abordagem, pois é através delas eu os seres humanos de adaptam aos problemas do cotidiano, resolvendo problemas motores” (DARIDO, 2005 p.9)
Ensino para compreensão: O grupo ira assumir uma postura durante as aulas referente ao ensino para compreensão, que é algo que prendemos durante todo o percurso do nosso curso o qual achamos muito interessante e produtivo. Nós como professores procuramos a melhor forma de levar nossos alunos a uma compreensão através dos seus conhecimentos, dando importância ao desenvolvimento cognitivo/afetivo do aluno propondo a estes um ensino-aprendizagem veiculado pela ginástica para que possam ter uma melhora em suas capacidades motora. Dentro desta perspectiva nos preocupamos então ao invés de se ter apenas aulas que só direcionam ao que “se ensina”, para uma proposta mais ampla que é o que “se aprende”. (POGRÉ, 2006).

Não basta fazer é, preciso compreender. O homem é um animal que precisou levar o rela ao seu imaginário, torná-lo símbolo e, lidando com ele, compreender suas próprias ações. Foi fazendo isso que ele se salvou como espécie. Portanto, compreender o que faz é, para o ser humano, um direito. (FREIRE, 2006 p.156)
Quando nos empolgamos com a apresentação das habilidades motoras de nossos alunos, ignoramos, por vezes, que eles Não compreendem quase nada daquilo que fazem. Em educação motora, fazer e compreender significa integrar as ações do intelecto com as ações da pratica motora. O vivido é imaginário, refletido, e o refletido é transformado em expressões corporais. (FREIRE, 2006 p.157)

ESTILO DE ENSINO

Vamos usar o comando, descoberta guiada, iniciado pelo aluno e  solução de problemas divergentes


METODOLOGIA

A metodologia que o grupo decidiu seguir foi a do Grupo Ginástico Unicamp (GGU) que consiste em duas partes: primeira parte, interação social e a segunda parte, a exploração dos recursos de materiais pedagógicos. Seu objetivo é incentivar e valorizar vivências e o interesse de cada componente, além de estimular a criatividade e auto-superar através do lúdico, cooperação e participação de todos do grupo, conforme diz AYOUB (2003).

AYOUB (2003, p. 72), cita que a ginástica geral “(...) não quer abandonar o prazer, o artístico, a inteireza lúdica da gestualidade, o riso, o divertimento, a festa; ao contrário, ela abre oportunidade para a reconstrução do lúdico e suas possibilidades de ruptura com a rigidez apregoada pela ginástica científica”.

Ou seja, a ginástica geral aparece para os alunos em forma de Paradigma das demais modalidades de Ginástica (artística, rítmica, acrobática etc.), que tem certas exigências para que se possa praticar a modalidade do tipo: força, altura, ser longilíneo, peso ideal etc. Já a ginástica geral como citado acima aparece como ruptura da rigidez cientifica das diferentes modalidades, proporcionando aos executantes possibilidades de novas criatividades tanto de materiais como de movimentos.
Deste modo nossos educando vivenciaram a ginástica geral de uma forma coletiva e cooperativa a partir do contexto sócio-cultural de cada um, possibilitando um trabalho de inclusão, algo que apareceu quando fizeram a distribuição de tarefas para a criação de novos momentos no tempo livre de criação que foi disponibilizado aos alunos. Prova disto foi que um garoto de apenas 11 anos que observava a atividade foi convidado pelos próprios alunos para participar da atividade. Em seqüência trabalhamos esta possibilidade ainda mais através de motivação e elogios referente ao ato.
Segundo DARIDO (2005) ressalta que existe uma resistência por parte dos alunos em ensiná-los sistematizando a dimensão conceitual, procedimental e atitudinal, pois existe a concepção muito forte que as aulas de Educação Física se resumem a se divertir e brincar. Se essas três dimensões forem trabalhadas nas aulas de Educação Física, entendemos que o trabalho do professor será realizado de maneira correta, visando o aluno em todos os aspectos.


Dimensão conceitual: Serão ensinados os conceitos sobre os benefícios da atividade corporal e despertar o interesse dos alunos para a atividade. Exemplos: Preparar aulas trazendo vídeos de ginásticas, e assim motivando a pratica; utilizar a internet, vídeos e livros como fonte de pesquisa a Ginástica Geral (contexto histórico, evolução ate os dias de hoje e curiosidades);

Dimensão procedimental: Esta mais ligada à técnica, tática, ou seja, o que o aluno deve saber fazer. Com isso é possível variar as diversas manifestações corporais para que os alunos possam vivenciá-las. Exemplos: Instruir os alunos a explorarem o espaço, posteriormente delimitar aos poucos, depois utilizar somente as linhas, dessa forma aprenderão sobre a noção espacial, organizando-se sobre os espaços delimitados (deslocamento, correr, saltar, em duplas, em trios, entre outros); trabalhar no desenvolvimento e aprimoramento das habilidades motoras. Ex: girar rolamentos, saltos, acrobacias, pirâmides humana, com ou sem objeto; proporcionar aos alunos diversas vivências através da Ginástica Geral, podendo executá-las através de diferentes movimentos, materiais e ritmos musicais;

Dimensão atitudinal:Essa dimensão trabalha com os valores sociais do aluno, ou seja, como se deve ser no que diz respeito ao colega, gênero (questões meninos e meninas), ética, cooperação, auto – estima, inclusão, solidariedade, limites preconceitos, entre outros. Exemplos: Através das aulas, destruírem a idéia e preconceito de que fazer ginástica é atividade de menina, porém promover as aulas de acordo com que os meninos também se interessem, um exemplo é deixá-los escolher uma musica para realizarem coreografias, pode-se utilizar movimentos de esportes que eles gostem, entre outros; durante as aulas, proporcionar diversas manifestações de ginástica, não especificando modalidades e demonstrando (conceitualmente e na pratica) , que a ginástica serve de base para a pratica dos esportes e outros conteúdos da educação física; promover atividades sem segregação de meninos e meninas, e sim que eles possam trabalhar juntos, sem distinção de sexo ou outro tipo de preconceito como altura, peso, cor, classe social, entre outros; proporcionar valores e atitudes através da ginástica geral, onde o mais importante e a participação de todos, não terá vencedor e perdedor, havendo cooperação, disciplina, criatividade, amizade, respeito ao colega.


Componentes: O grupo trabalhos com um grupo de adolescentes oito adolescentes com idade entre 11 a 18 anos sendo que quatro componentes do sexo masculino e quatro do sexo feminino.

Tempo estimado de aulas: Quatro encontros

Materiais: Bola de vôlei, Cabo de vassoura, Escada, Garrafa pet, Colchão inflável, Colchonete, Bola de meia, Jornal, Fita de cetim, Colchão de espuma, Garrafa de madeira

Tema: Ginástica geral: Corporeidade através do lúdico


OBJETIVO

No Brasil em sua ampla maioria há escolas com professores às vezes sem autonomia, dando aulas não direcionadas à especificidade de aprendizado, facilidades ou especialidades que cada aluno possa ter ou desenvolver; José Pacheco diz no site da UOL na revista da educação – edição 14616: “Cada ser humano é único e irrepetível, ipso facto, o trajeto de desenvolvimento de cada aluno é também único e irrepetível”.
O objetivo central é apresentar a modalidade Ginástica Geral para um grupo de adolescentes, em forma de Projeto Integrado: Prática de Ensino em Atividades Gímnicas (4° Semestre). Pensando na quebra do paradigma da educação física esportivista, apresentamos uma nova vivência de movimento, para um novo conhecimento em uma atividade lúdica, sendo profissionais inovadores temos a missão de despertar novos conhecimentos; direcionando-nos nesta prática temos o objetivo de realizar possibilidades inovadoras no que diz respeito à Cultura Corporal de Movimento procurando chegar o mais próximo possível no que poderíamos chamar de “criação de uma linguagem comum de movimentos” PAOLIELLO (1997).


PLANO DE AULA

1º dia (Objetivo: Iniciação das Ginásticas e movimentos básicos)

Questionamento sobre a ginástica
Alongamento
Aquecimento
Habilidades básicas:
Barra manteiga com corrida
Barra manteiga com salto e saltito
Quem faz menos tempo com habilidade de trepar
Gato e rato com a habilidade de rastejar
Pega-pega corrente com pula e gira
Ameba e alerta com a habilidade lançar
Conversa final sobre o que eles acharam sobre a aula dada, e se entenderam a proposta do trabalho


2º dia (Objetivo: Iniciação com a ginástica artística)

Alongamento
Aquecimento
Circuito (comandado)
Circuito (livre)
Manipulação de objeto de forma livre
Criação de movimentos coreográficos: individual, dupla, trio e em grupo
Conversa sobre a ginástica


3º dia (Objetivo: Iniciação da ginástica acrobática)

Questionamento sobre a ginástica acrobática
Alongamento
Aquecimento
Ensinando os movimentos básicos da ginástica
Elaboração de uma historia através dos movimentos ensinados


4º dia (Objetivo: Continuação da aula de ginástica acrobática)

Alongamento
Aquecimento
Brincadeiras da ginástica acrobática
Elaboração de uma composição coreográfica com todos os movimentos possíveis que aprenderam com a inclusão de elementos da cultura corporal (danças, esportes, lutas, brincadeiras...)
Conversa sobre todo o processo das aulas


CONCLUSÃO

Foi muito prazerosa a realização deste projeto, pois podemos levar para os alunos movimentos corporal que eles nunca tinham feito ou conseguido fazer, mostramos para eles que eles sem saber já tinham um conhecimento sobre a ginástica geral, apenas não sabiam que era ginástica.
O mais interessante do projeto é que os próprios alunos gostaram de participarem, pois eles estavam descobrindo um mundo que até o momento era “novo”, tudo isso se divertindo e provando que eles tinham capacidade para realizar movimentos que nem eles imaginavam em fazer um dia, aumentando assim a auto-estima e a confiança dos alunos.
E referente ao plano de aula, fizemos um projeto onde visava um determinado estilo de ensino e também uma abordagem da educação física, porém no decorrer da pratica tivemos variações entre eles de acordo com a necessidade do momento.


REFERÊNCIAS

AYOUB, Eliana. Ginástica geral e educação escolar. Campinas, SP: Editora Unicamp, 2003.

AYOUB, Eliana. Perspectivas da Ginástica Geral para educação física escolar: imaginando um projeto. In: coletânea: Anais do XI Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, Florianópolis: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 21, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Conceição Andrade. Educação Física na escola: implicações pedagógicas. Rio de Janeiro, 2005

FREIRE, João Batista. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2006. 183p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

GALLAHUE, David L. Compreendendo desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3ª ed. - São Paulo: Phorte, 2005. 600p.

GUALLAHUE, David L. Educação física desenvolvimentista para todas as crianças. 4 ed. São Paulo: Phorte, 2008.

GOZZI, M. C; RUETE, H. M. Identificado estilos de ensino em aulas de educação física em segmento não escolares. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte - 2006, 5 (1): 117 – 134.

NISTA-PICCOLO, Vilma Leni (org) Crescendo com a ginástica. Campinas, SP: Papirus, 1999

PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento humano. 8º ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 888p.

POGRÉ, Paula; LOMBARDI, Graciela. O Ensino para a Compreensão: a importância da reflexão e da ação no processo de ensino-aprendizagem. Ed. Hoper, Vila Velha, 2006

ERICKSON, Erick H. Infância e sociedade. 2ed. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1976

SCELZA, C, M. (2002) O presente entre o passado e o futuro: adolescente em direção identidade. Revista Psicologia Clínica v. 14, n. 2 Rio de Janeiro.

PUBLIO, Nestor Soares. Evolução histórica na ginástica olímpica. São Paulo: Phorte Editora.

PACHECO, José. Site UOL: Revista da educação – educação 146. Disponível em < http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12706>

PAOLIELLO, Elizabeth. Ginastica geral: a proposta do grupo ginástico Unicamp (GGU). Grupo de pesquisa em ginastica geral – FEF – UNICAMP apud SOUZA, Elizabeth Paoliello Machado de. Ginástica Geral: uma área de conhecimento da Educação Física. 1997.163f. Tese (Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1997. Capítulo III.


Tema 2 (Estágio)

Grupo de Estudos: Amanda Martins dos Santos; Simone Maria Medrado Alves de Oliveira;

Ginástica Geral no ambiente escolar:
Plano de aula para o ensino fundamenta 1



INTRODUÇÃO

O local que escolhemos para realização do documentário foi à escola EMEF Januário Mantelli Neto, DEP. localizada na Rua Caiçara do Rio do Vento, 367 no bairro Vila Cisper; com crianças na faixa entre, 06 e 07 anos, para fazer a intervenção da ginástica geral.
Escolhemos a ginástica geral devido a sua proposta de inclusão e o respeito à pluralidade cultural e a diversidade humana, pois acreditamos que esses valores são benéficos no ambiente escolar onde começa a formação de um cidadão.

“(...) é a ginástica para todos, para cada um, acessível para todas as idades e que traz em sua base uma educação física para todos, para cada um. É a possibilidade de se praticar a ginástica a seu modo, de acordo com as suas convicções, possibilidades, capacidades, necessidade, meios físicos disponíveis, enfim, adaptando-a aos seus interesses e ao seu meio ambiente” (AYOUB 2003 apud WILLISEGGER)
A ginástica geral tem o objetivo de proporcionar aos praticantes alguns benefícios como “(...) favorecer a saúde, a condição física e a integração social e despertar o interesse pessoal pela pratica de atividades, contribuindo para o bem-estar físico e psicológico de seus praticantes.” (AYOUB, 2003). Entre outros benefícios que será explicado no decorrer do projeto.
Para aplicar as atividades e exercícios proposto, fomos pesquisar e identificar as necessidades da faixa etária para assim motivá-los de forma coerente e trabalhar as questões sobre o desenvolvimento característico de sua fase.
Para GALLAHUE (2005) considera nosso publico que está na fase da infância que são divididos em três estágios, entre eles a infância intermediaria/avançada que varia entre 06 a 10 anos, e PAPALIA (2006) considera como terceira infância que varia entre 06 a 11 anos.
A partir dessas informações desses autores conseguimos fundamentar nossas ações.


CARACTERISTICA ESPECÍFICA DA FAIXA ETÁRIA

Desenvolvimento motor (Gallahue & Ozum; Papalia)

Estão no inicio da fase dos movimentos especializados que por onde já adquiriu as habilidades motoras fundamentais que são: estabilizadoras (equilíbrio sobre um pé, caminhar sobre uma barra fixa, movimentos axiais, posturas invertidas, rolamento corporal); locomotores (correr, saltar, dançar, pular, saltitar); manipulação (pegar, soltar arremessar, chutar, rebater e derrubar), e agora essa fase caracteriza-se pelo processo do refinamento de maneira progressiva e também combinada entre si nas aplicações nas atividades da rotina do seu dia a dia e em atividades proposta. Par ser mais especifico quanto à fase de movimentos especializados, eles estão no estágio transitório que é marcado pelos mesmos movimentos fundamentais, mas agora de forma, mas especificas e complexas.
É importante dar varias possibilidades de movimento para que sejam desenvolvidas todas as habilidades em potencial, pois caso venha se especializar em somente alguma habilidade especifica, poderá trazer alguma dificuldade motora futuramente nos outros estágios de desenvolvimento motor.
As habilidades aumentam e juntamente com a força física, em especial as habilidades motoras grossas.
As habilidades motoras finas estão em fase de desenvolvimento com isso tem dificuldade na coordenação olho-mão e olho-pé no que influencia no tempo de reação que é lento.
Os interesses começam a separar, pois os sistemas fisiológicos têm variação característica por sexos, ou seja, as meninas estão um ano à frente nessa questão.
Gostam de treinar, porém cansam com facilidade.
Prazer em testar seus limites
As meninas são mais precisas e complexas os meninos mais fortes
Capacidade de caminhar olhando para cima sem olhar para baixo

Desenvolvimento cognitivo (Piaget)

O egocentrismo esta diminuindo.
Memória esta mais desenvolvida
Facilidade para dispersar, porém se tem interesse pela atividade conseguem ficar por bastante tempo praticando-a.
Gosta muito de aprender e agradar os adultos
Necessita da orientação
São muito criativos
Capaz de resolver problemas de questão lógica no presente
Idéia clara de distancia de um lugar ao outro, ou seja, pensamento espacial
Percebe o ponto de vista do outro.
Respeito mútuo da autoridade e também dos amigos e valorizando as opiniões e habilidade

Desenvolvimento psicossocial (Erick Erickson)

Começa a fase escolar e conseqüentemente passam mais tempo longe da supervisão dos pais
Os amigos começam ser sua principal importância.
Tem dificuldade de trabalhar com grandes grupos
Deve aprender as habilidades sobre a cultura e lidar com os sentimentos de incompetência

Etapa de amizade (Selman)

Gosta da companhia dos amigos, porém seu interesse individuiais ainda prevalece que é denominada cooperação bidirecional, ou seja, fica ao lado do amigo quando o convém, essa fase pode variar entre 06 a 12 anos..
A amizade tem vida própria, tem que ser sempre juntos e já começa a exclusividade do mesmo sexo para compartilhar suas vivências, a amizade tem que ser exclusiva, no gostam de compartilhar a atenção com outras pessoas. Essa fase varia entre 09 a 15 anos e são denominados relacionamentos íntimos mutuamente partilhados.


INFLEÊNCIA DA GINÁSTICA NA INFÂNCIA 

Após esses dados coletados e pesquisa identificamos que a ginástica geral é importante e atende as necessidades em varias questões.
No desenvolvimento motor, identificamos que precisa promover variações de movimentos para serem refinadas das habilidades que já conquistaram e desenvolvidas as que estão em potencial. Neste caso a ginástica geral é muito ampla e trabalha com todos os segmentos corporais tanto membros inferiores como superiores e também explora as capacidades físicas como a força, flexibilidade, agilidade e equilíbrio, pois não tem um limite de padrão de movimento assim não tendo regras rígidas, o que leva o respeito das limitações de todos os alunos.

“O eixo fundamental da ginástica geral deve ser a ginástica, podendo dialogar com outros elementos do universo da cultura corporal (como por exemplo a dança, o jogo, o esporte, a luta etc.). Isso significa a sua amplitude e diversidade tendo como base à ginástica, compreendida como uma pratica corporal que, um conjunto de elemento característico que constituem a ginástica – os gestos gímnicos -, que, apesar da multiplicidade de enfoques e da diversidade de manifestações gímnicas existente na atualidade, porem ser subdivido em: elementos corporais, exercícios acrobáticos e exercícios de condicionamento físico (sem, com e em aparelhos)”. (AYOUB, 2003)
A GG tem grande variedade de movimentos gímnicos que é movimentos combinados dos movimentos fundamentais e com proposta para agrupar com diversas variações da cultura corporal como a dança, luta, esporte entre outros. Não ira restringir movimentos padrão, o que ira beneficiá-lo nas outras fases do desenvolvimento motor e também na exploração de todos os movimentos da fase fundamental, através das atividades que será proposta durante as aulas e uma possível coreografia para demonstração.

“O aparecimento e a extensão do desenvolvimento de habilidades na fase de movimentos especializados depende de muitos fatores da tarefa, individuais e ambientais.” (GALLAHUE, 2005).
Para o desenvolvimento cognitivo, conseguimos identificar muito com a ginástica geral, pois é uma atividade que é realizada em grupo por ter como meta fundamental a integração entre as pessoas. É uma atividade que não tem regras preestabelecidas, então durante a atividade e a construção de uma estratégia ou coreografia, pode e deve ser levada em consideração dos indivíduos envolvidos e é uma atividade que envolve muito a criatividade, pois sua proposta é dar um novo significado a movimentos já vivenciados de alguma forma sejam experiências ou desejos.
Por darem muito importância à amizade, essa atividade tem como objetivo de cada um conhecer o outro tanto nas idéias, ou seja, na parte intelectual, como também nas habilidades conquistadas, e por ser uma atividade que não tem uma proposta técnica e sim a participação de todos onde cada um pratica de acordo com a sua possibilidade e todos tem a sua importância fundamental, pode prover a integração e aproximação entre o grupo. Na questão de quantidade de pessoas nos grupos, isso pode variar de acordo com o numero de participantes na aula, pois caso seja muitas pessoas, essa atividade tem a possibilidade de separar em pequenos grupos, assim facilitando o meio de comunicação entre ele.
Já na questão dos estágios de relacionamento de amizade será um pouco desafiador para o instrutor, mas uma oportunidade de promover a diversidade, pois os mesmo têm tendências a se agruparem sempre com os mesmo amigos.
Concluímos que a ginástica geral é um estudo fundamental no âmbito escolar independente da faixa etária pelo motivo que tem todo um contexto por de trás dos movimentos gímnicos em si.

“Aprender ginástica geral na escola significa, portanto, estudar, vivenciar, conhecer, compreender, perceber, confrontar, interpretar, problematizar, compartilhar, aprender as inúmeras interpretações da ginástica para, com base nesse aprendizado, buscar novos significados e criar novas possibilidades de expressão gimnica” (AYOUB, 2003)

PLANO DE AULA

A abordagem que iremos seguir será:

Desenvolvimentista: Nos primeiros momentos daremos ênfase na abordagem desenvolvimentista que é o seu foco é o movimento para ocorrer à aprendizagem, através de oportunidades e atividades especificas de acordo com as possibilidades da faixa etária. Iremos começar com aula para verificar as habilidades básicas em qual nível maturacional, verificar se existe algo que esteja errado e promover intervenções para superar esses erros.
Construtivismo: A ginástica geral tem como objetivo levar em consideração as vivências dos alunos, então neste caso a linha do construtivismo é o que mais aproxima para criação de novos movimentos e até mesmo na construção de coreografia própria. A característica do construtivismo é o resgate da cultura, das brincadeiras de rua, ou seja, o que já tem de conhecimento prévio que faz parte de sua cultura e a avaliação será a auto-avaliação.

A criança compreende aquilo que vive que concretize na sua ação.

Quando, num contexto de jogo, o professor oferece materiais variados, que podem inclusive ser confeccionados junto com as crianças, está permitindo que elas possam vivenciar e tomar consciência da realidade, transformando o real em função de suas necessidades (ANDRÈ, 2007 apud FREIRE, 2005a: 110).

Estilo de ensino

Segundo o artigo identificando estilos de ensino em aulas de educação física em segmento não escolares onde explica os estilos de ensino através da linha spectrum, verificamos que a melhor forma para trabalhar será:
Comando: Nos primeiros momentos de aulas é o comando, que onde o professor dá um estimulo e busca uma resposta, ou seja, será centrado nos professores devido ao pouco tempo para realizar o trabalho do processo de aula precisamos de respostas rápidas para ensinar.
Descoberta guiada: No processo de descoberta dos diversos materiais será proposto que os alunos explorem, troquem informações, poém o professor vai começar a dar dicas de como pode ser utilizados.
Iniciado pelo aluno: No ultimo momento do processo, ou seja, a atividade final será proposta a construção coreográfica. O estilo de ensino que corresponde é o iniciada pelo aluno, pois os alunos que iram decidir como será a coreografia e o os professores vão observar e alertar sobre algumas possibilidades após as apresentações irá propor uma discussão sobre todo o processo das aulas até a apresentação final.


METODOLOGIA

O processo das estratégias para as aulas será de acordo com a proposta do planejamento de aula feito por TOLEDO (2001), que retrata sobre “hierarquia pedagógica” onde desenvolve o trabalho do mais simples, para possivelmente chegar ao mais complexo, ou seja, sua hierarquia começa a partir das habilidades básicas para depois passar para elementos da ginástica, depois elementos da ginástica como: artística, rítmica, acrobática, com ou sem aparelhos. Para daí entrar na ginástica geral, que é a soma de todos esses já citados mais elementos da cultura corporal, como dança, lutas, esporte...
Conforme o proposta da RODRIGUES (1997) cada aula tem seu momento especifico, ou seja, divido em três momentos que pode ser considerado como: inicio desenvolvimento e final. No primeiro momento que é a parte inicial (10 minutos) será dedicada a preparação tanto muscular e também do sistema nervoso com atividades que promovam a utilização do tempo e espaço. No segundo momento (30 minutos) será feito a proposta de aula no objetivo de promover a formação corporal, que tem o objetivo no desenvolvimento das habilidades motoras e as capacidades, fortalecimento muscular e alinhamento postural. Já no terceiro e ultimo momento (10 minutos) será feito atividades para voltar à calma e/ou relaxamento para que o sistema de batimentos cardíacos por minutos volte ao estado de calma.


OBJETIVO

Desenvolver as habilidades
Promover a criatividades em relação às estratégias


CONTEÚDO

Serão trabalhadas atividades de: Desenvolvimentos das habilidades fundamentais. Habilidades fundamentais combinadas entre si. Movimentos e aparelhos da ginástica artística, rítmica e acrobática. Ginástica geral (elementos ginásticos com a cultura corporal como, dança, brincadeiras...)
Anos: 06 e 07 anos
Tempo estimado: Quatro aulas
Materiais necessários: Banco suéco, cone, arco, colchão, corda, papel crepom, fita crepe, tesoura, barbante, jornal, rádio e CD


DESENVOLVIMENTO

1ª etapa

Objetivo: Conhecer os alunos e as habilidades básicas
Abordagem: Desenvolvimentista
Estilo de ensino: Comando

Primeiro momento
Apresentações e investigar o que faz fora da escola.
Aquecimento de 5 minutos com a brincadeira pega-pega.
Alongamento para orientação da nomenclatura do corpo.

Segundo momento
Circuito com movimentos livres
Mestre mandou


2ª etapa

Objetivo: Habilidades combinadas
Abordagem: Desenvolvimentista
Estilo de ensino: Comando

Primeiro momento
Aquecimento com a brincadeira pega-pega e pega-pega corrente

Segundo momento
História sobre os animais da floresta
Macaco (roda)
Tatu (rolamento)
Flemingo (aviao)
Mobile (ponte)


3ª etapa

Objetivo: Conhecimentos de alguns movimentos e aparelhos específicos da ginástica
Abordagem: Construtivista
Estilo de ensino: Descoberta guiada

Primeiro momento
Aquecimento com a brincadeira pega-pega com estática

Segundo momento
Exploração de materiais de maneira autônoma e criativa durante 2 minutos cada aparelho
Formar duplas e trios para promover a troca de informações

Dicas de movimentos específicos:

Artística (GA): saltos (grupado, estendido); equilíbrio na corda
Acrobático (GACRO): figuras simples, balança caixão e mãe da mula
Rítmica (GR): arco (rotações; passar por dentro; lança, soltar e recuperar); fita (espirais em duplas); corda (rotações)


4ª etapa

Objetivo: Ginástica Geral (habilidades básicas, movimentos combinados, ginástica, elementos da cultura corporal)
Abordagem: Construtivista
Estilo de ensino: Iniciado pelo aluno

Primeiro momento
Aquecimento com a brincadeira que o grupo desejar

Segundo momento
Explicação sobre a ginástica geral que pode incluir danças, lutas, brincadeiras...
Separar por pequenos grupos de forma aleatória
Diversas músicas de ritmos diferentes
Construção de pequenas coreografias (em média 1 minuto )

Terceiro momento
Conversar com os alunos e questioná-los sobre
O que aprenderam algo novo com as professoras e com os colegas
O que mais gostou e o que não gostou


BIBLIOGRAFIA

ANDRÉ, M. H. O jogo no ambiente escolar (2007). Dissertação para mestrado em educação física, Universidade de São Paulo, Escola de Educação Física e Esporte, Brasil

AYUOB, E. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2003

DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física na Escola: Implicação para a prática pedagógica. São Paulo: Guanabara Koogan, 2005

ERIKSON, E. H. Infância e sociedade. 2ªed. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1976

GALLAHUE, D. L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3ª ed. São Paulo: Phorte, 2005.

GOZZI, M. C.; RUETE, H. M. Identificando estilos de ensino em aulas de educação física em segmentos não escolares. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, 2006, 5 (1): 117-134

NUNOMURA, M. (Org.); TSUKAMOTO, M. H. C. (Org.). Fundamentos das Ginásticas. Jundiai: Fontoura, 2009. 240 p.

PAPALIA, D. E. Desenvolvimento humano. 8ed. Porto Alegre: Artmed, 2006

RODRIGUES, M. Manual teórico-prático de educação física infantil. 7ªed. São Paulo, 1997

RAMOS, E. S. H. A importância da ginástica geral na escola e seus benefícios para crianças e adolescentes (2007) Monografia para titulo de licenciado em educação física, Faculdade de Jaguariuna apud, TOLEDO, E. De. A ginástica geral como um conteúdo procedimental da ginástica escolar. In: SOUZA, E. P. M. De.; AYOUB, E.

Anais do I Fórum Internacional de Ginástica Geral. Campinas: SESC: Faculdade de Educação Física, Unicamp, 2001, p. 56-60.


* * * * *

5º Módulo: Educação Física e Modalidades Esportivas Tradicionais
Unidades curriculares: Modalidades Esportivas Coletivas Tradicionais, Modalidades Esportivas Individuais Tradicionais.
Estágio: Educação Física no Ensino Fundamental
Projeto Integrado em: "Modalidades Esportivas Coletivas Tradicionais, Modalidades Esportivas Individuais Tradicionais e Plano de ensino no ensino fundamental 2”


Professores: Prof. Ms. Adriano Rogério Celante; Prof. Ms. João Marcelo de Queiroz Miranda; Prof. Ms. Hergos Ritor Fróes de Couto; Prof. Dr. Roberto Gimenez; Prof. Esp. Wilson David dos Santos


Grupo de Estudos: Allambergue Nascimento Tavares; Amanda Martins dos Santos; Ederson Magno Felismino Machado; Marcos Marques dos Santos Júnior; Simone Maria Medrado Alves de Oliveira; Willian Campachi Alberine

Tema 1: Tênis de Campo
Tema 2: Futebol de Campo
Tema 3: Plano de ensino



Tema 1 (Esportes Tradicionais Individuais)

Documentário tênis de campo:
Descoberta através da compreensão

Trabalho apresentado à unidade curricular Modalidades Esportivas Individuais Tradicionais no módulo Educação Física e Modalidade Esportivas Tradicionais no curso de Graduação em Educação Física - Bacharel e Licenciatura da Universidade Cidade de São Paulo, aos Professores Mestre João Marcelo de Queiroz Miranda e Especialista Wilson David dos Santos.


AGRADECIMENTO

Agrademos nossos alunos Dilcinete de Macedo Montel, Jaynne de Souza Cardeal, Rafael Sales Gregório e Edvaldo Rodrigo Ferreira de Souza, pela disponibilização do tempo, comprometimento e a dedicação. Foram peças fundamentais na construção do documentário. Aos professores Adriano Rogério Celante, Hergos Ritor Fróes de Couto, João Marcelo de Queiroz Miranda e o Wilson David dos Santos que formaram uma grande equipe que nos proporcionou o conhecimento nesse grandioso contexto das modalidades esportivas, contribuindo no nosso crescimento acadêmico e no futuro profissional da Educação Física.
Ao Aderoaldo que reservou as quadras especificas e fez empréstimos dos materiais necessários para execução dos nossos laboratórios.
Nossos colegas de sala que colaborou na participação dos seminários. Pois foi o momento que testamos e analisamos o que era negativo e positivo nas atividades e metodologias aplicadas. Foi a partir dessas conclusões, juntamente com a fundamentação que ajustamos para o plano de aula final que resultou nesse documentário.
O Clube Esportivo da Penha, que disponibilizou o espaço para aplicarmos nosso projeto fora do horário de aula.
Aos professores e profissionais da área Nivaldo e o Júlio do Esporte Clube Corinthians que contribui no nosso conhecimento com uma visão profissional, fora do ambiente acadêmico.
Nossos familiares que são nossa base, e nos dão apoio em todos os momentos, quando nos ausentamos para se empenhar no planejamento, execução e edição desse projeto.


RESUMO

No presente trabalho buscamos aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do semestre através do esporte individual especificamente o tênis de campo. Através da metodologia de ensino jogos esportivos modificado, com a abordagem construtivista e os estilos de ensino solução de problemas convergente e descoberta guiada. Com base nessa fundamentação criamos estratégias através de um plano de aula para ser aplicado ao um público na faixa etária adulta. Para alcançar nosso objetivo que é a iniciação esportiva e indiretamente promover a compreensão da modalidade, proporcionar condições da prática, e despertar a busca para o aperfeiçoamento técnico. Após a aplicação do projeto referente ao plano de aula verificamos que foi possível atingir o objetivo.

Palavras-chave: tênis, esporte, compreensão e iniciação.


SUMÁRIO

Resumo
1 Introdução (Abordagem da Educação Física / O estilo de ensino)
2 Característica (O publico / Características do adulto)
3 Objetivo (Objetivo geral / Objetivos secundários / Objetivo especifico a cada aula)
4 Conteúdos (1ª aula / 2ª aula / 3ª aula / 4ª aula / 5ª aula)
5 Metodologia
6 Avaliação
7 Considerações Finais
8 Referencias


1 INTRODUÇÃO

Abordagem

Para elaborarmos o projeto sobre o tênis de campo, composto por no mínimo 5 aulas, tivemos que fazer a escolha da abordagem da educação física e assim seguir essa visão. O grupo escolheu a abordagem construtivista, por tratar-se de uma modalidade nova para nós e também para os alunos. Vamos aplicar nossos conhecimentos pedagógicos que adquirimos durante o processo entre os 5 semestres já vivenciados com o foco no atual. Através isso promover a construção do conhecimento a partir do que sabemos e simultaneamente aprendermos com nossos alunos. Pois vamos conhecer como aprende o ir se adequando como ensinar e passar as informações de forma clara e facilitadora para o entendimento.
De acordo com construtivismo, toda aula tem que iniciar e concluir com uma roda de conversa conforme o autor FREIRE (2003) propõe no livro educação como pratica corporal. Esses momentos de conversa serão essenciais, pois é quando os feedbacks será o foco, para isso vamos abordar assuntos como: o que acharam interessante, o que foi fácil ou difícil, se ficou alguma dúvida e etc. Caso não conseguirem chegar ao nosso objetivo, vamos explicar, e assim dar andamento no processo crescente.
Com essa abordagem iremos estimulá-los através de propostas de atividades, da simples para complexas, que pode ser através de jogos populares ou simbólicos, a construir o seu aprendizado através da interação com o meio ambiente, materiais, colegas e professores, partindo da valorização de seus conhecimentos prévios e espontâneos.

“A meta da construção do conhecimento é evidente quando alguns autores propõem como objetivo da Educação Física respeitar o universo cultural dos alunos, explorarem a gama múltipla de possibilidades educativas de sua atividade lúdica e, gradativamente, propor tarefas cada vez mais complexas e desafiadoras com vista à construção do conhecimento”. (PCN, 1998)

O Estilo de ensino

Vamos trabalhar com dois estilos de ensino para que consigamos usufruir melhor da abordagem escolhida, que são a solução de problemas convergentes e a descoberta guiada conforme proposta entre as várias possibilidades de estilos segundo GOZZI & RUETE (2006), onde propõe para identificarmos o estilo de ensino conforme conceitos expostos no artigo.
Através do estilo de ensino solução de problemas convergentes, vamos propor situações onde terão que solucionar o problema. A cada atividade teremos um objetivo específico e eles têm como meta descobrir a resposta. Porém chegar até a resposta terá que tentar de várias maneiras, através da experimentação, reflexão e raciocínio sobre o movimento solicitado na atividade e ao final tanto o professor como alunos vão conversar para continuar buscando atividades e soluções com melhores formas. Utilizado como parâmetro da aula que aconteceu.

“A característica básica deste estilo é propor um problema que terá uma única solução. O objetivo deste estilo é descobrir a solução para um problema, para esclarecer uma questão, chegar a uma conclusão, empregando procedimentos lógicos, raciocínio e pensamento, sendo encaminhada a resposta para uma única solução”. GOZZI & RUETE (2006)
Possivelmente caso aconteça de terem dificuldades para assimilar a atividade o que levar ao comprometimento do processo de ensino-aprendizagem; vamos adotar o estilo da descoberta guiada e direcioná-los para o movimento correto. As atividades serão para proporcionar a busca de respostas que pode ser a que desejamos ou diferente do objetivo final. Terão liberdade e autonomia para superar expectativas e tomar decisões, porém temos um papel nesse estilo de ensino em dar dicas para buscar uma melhor solução e guiá-los ao movimento desejado.

“A característica deste estilo é o relacionamento particular professor-aluno, no qual a sequência de questões do professor acarreta ou ocasiona uma sequência de respostas do aluno em um processo convergente levando o aluno a descobrir o conceito desejado. Este é o primeiro estilo no qual o aluno descobre novos conceitos”. GOZZI & RUETE (2006)

2 CARACTERIZAÇÃO

O público

O público que iremos direcionar o projeto serão 4 indivíduos entre 18 a 30 anos (dois do sexo masculino e dois do feminino). Estudantes do 3º semestre do curso Educação Física – Licenciatura e Bacharelado da Universidade Cidade de São Paulo e componentes do mesmo grupo de estudos no período noturno. Durante a parte da manhã e tarde ocupam o seu tempo com compromissos profissionais.


O contexto

Como o nosso público são estudantes do curso educação física da mesma instituição de ensino, isso facilitou o processo de ocupação de um local adequado, pois todos nós temos acesso ao Clube Esportivo da Penha, e com isso foi possível trabalhar nas quadras específicas da pratica esportiva. Porém o tempo de disponível foi prejudicial, pois coincidiu com os trabalhos de conclusão deles também.


Características do adulto

Para sabermos a características especifica e suas necessidades, pesquisamos os autores PAPALIA e GALLAHUE, para fundamentar os nossos argumentos do plano de aula de maneira geral.
Para PAPALIA (2008) nossos alunos estão classificados como adulto jovem, que tem o inicio aproximadamente dos 20 aos 40 anos. O inicio dessa faixa etária é relativa, pois o que determina é a história de vida da pessoa, para GALLAHUE (2005) o individuo pode entrar na fase nessa fase alguns anos antes do padrão considerado 20 anos. Eles passaram por todo processo dos estágios do desenvolvimento físico e motor, ou seja, o que antes estava em um aumento constante, chegou ao objetivo final e agora começa um processo decrescente do foi desenvolvido. Espera-se neste momento que todas as habilidades motoras estejam com as características maduras e assim como as capacidades físicas estão também em sua melhor fase como a força e a resistência. Quanto às capacidades sensoriais existem variações no processo de declínio como: entre 20 a 40 anos a visão está ótima, até os 45 anos o paladar, olfato e cinestesia são bons e permanecem inalteradas e a audição que atingiu o pico na adolescência dentro dessa mesma fase começa o processo de declínio, porém ficam mais perceptíveis após os 25 anos. Em compensação, entram no processo de declínio das habilidades que foi sendo adquiridas até o inicio da fase adulta. Todos vão passar igualmente por esse processo, mas o que determina a velocidade que vai se manifestar será acordo com o estilo de vida como atividades físicas, alimentação, hábitos diários como o uso ou o não uso de drogas, entre outros fatores.
A prática de atividade física é muito importante, também na fase adulta jovem, porém seus benefícios específicos estão descrito na citação.
Adultos que são fisicamente ativos colhem muitos benefícios. Além de ajudar a manter o peso corporal ideal, a atividade física forma músculos fortalecem o coração e os pulmões, diminui a pressão arterial, protege contra doenças cardíacas, derrame, diabetes, câncer e osteoporose (adelgaçamento dos ossos que é mais comum em mulheres de meia-idade ou mais velhas, causando fraturas), alivia a ansiedade e a depressão e prolonga a vida”. (PAPALIA, 2008 apud AHA, 1995; lee e Paffenbarger, 1992; Lee,Franks, Thomas e Pattenbarger, 1981; McCann e Holmes, 1984; Notelovitz e Ware, 1983; Pratt, 1999)
Na teoria psicossocial de ERIKSON, o adulto está na fase Intimidade versus Isolamento, este processo é caracterizado pela busca em concretizar compromissos com outras pessoas, além das questões sobre o amor que se torna a sua maior virtude. O processo de mudanças nas características da personalidade já está definido, mas pode sofrer influência de acordo com a história de vida e as decisões que tomam, por ser uma fase muito produtiva, é uma fase de tomadas de decisões de compromisso com relacionamento íntimo, profissional, estudos entre outros. E caso não venha atingirem seus objetivos e não resolverem esses problemas, o adulto tem grandes chances de ir para o caminho o isolamento.
Conforma a perspectiva cognitiva que estuda e classifica o desenvolvimento do processo de como o humano pensa e por conseqüência reflete no comportamento para lidarem com as diversas situações. O autor PIAGET classifica os adultos no estágio das operações formais, o que significa que pensam de maneira abstrata e reflete e influencia no momento de lidarem com situações de forma hipotética, ou seja, o adulto julga a moralidade de forma complexa e cria várias estratégias para uma mesma situação.
Quanto aos estágios de julgamento moral, nossos alunos para KOHLBERG, estão no terceiro nível que corresponde a moralidade pós-convecional, que pode tanto estar no nível cinco ou seis, que significa que pensam de forma racional e segue e aceita a vontade da maioria, e tem a tendência a fazer o que é correto e de acordo com seus valores, suas atitudes com o outro é sempre refletido como gostariam de ser tratados.
E já na questão de relacionamento com a amizade para SELMAN, eles já passaram para o ultimo estágio que é a etapa quatro, classificada como interdependência autônoma, ou seja, eles respeitam o próximo, tanto se ele for dependente dele ou se ele tem opinião própria, que é a autonomia.


4 OBJETIVOS

Objetivo geral

A iniciação esportiva


Objetivo secundário

Promover a compreensão da modalidade;
Proporcionar condições da pratica;
Despertar a busca para o aperfeiçoamento técnico.


Objetivos específicos à cada aula

Exploração dos materiais e do espaço, introdução ao contexto histórico; back-hand e fore-hand; split-step e voleio; smach e lob; saque; estratégia, um pouco da etiqueta e a contagem de pontuação.
De acordo com o nosso objetivo em relação com ao contexto de aplicação do projeto, consideramos sua classificação o esporte-participação, onde segundo TUBINO (1999) diz que o pano de fundo é o bem-estar, recreação e esporte voltado para o lazer.


5 CONTEÚDO

Nosso cronograma de plano de aula ocorrerá no período de 5 aulas


1ª aula (Exploração dos materiais e do espaço, introdução ao contexto histórico)

1 – Roda de conversa: com objetivo de conhecer os alunos e descobrir o que conhecem sobre o esporte, como por exemplo, a história (jeu-de-paume, court-paume), curiosidades, se sabe sobre alguma regra, atualidades. Neste momento também será uma forma de trocar conhecimentos prévios através das informações. Vamos comentar brevemente alguns fatos históricos e de etiqueta e apresentação geral, não daremos o foco nas regras, pois durante o processo de construção do projeto isso seja algo que vai aparecendo gradativamente de acordo com as necessidades da adaptação dos alunos.
2 – Aquecimento: Vamos entregar uma bola de tênis em suas mãos e iremos dar uma situação para que resolvam, ou seja, com essa única bolinha, eles terão que todos se manterem em constante movimento e a bolinha não poderá ficar parada e terá que interagir entre todos. Temos como objetivo nesse momento em que os alunos percebam os peso e diâmetro da bola e o espaço que podem se movimentar dentro da quadra. Porém os professores vai controlar o tempo dessa atividade para que seja o suficiente para sair do estado de repouso.
3 – Análise de como jogam antes do processo do plano de aula para mensurarmos o processo e avaliar a progressão: pediremos para que joguem o que sabem ou imaginam. Disponibilizaremos a quadra inteira e nesse momento não iremos dar dicas, porém caso alguma alunos queira se manifestar entre o grupo para ajudar o colega, não poderemos impedi-lo, devido à metodologia e a abordagem da educação física.
4 - Passado esse momento, vamos deixar que explorem os materiais livremente pela quadra. Vamos pedir para resgate e/ou criar alguma brincadeira, ou até mesmo adaptar alguma brincadeira que não esteja relacionado ao tênis.
5 – Com o espaço reduzido em forma de mini quadra, mas sem a rede, vamos separar em duplas, que decidirão como será constituída, promovendo o jogo. A proposta será de acordo com a bola que for em direção ao seu lado direito, será rebatida com a raquete na mesma direção e vice-versa. Vão ter que imaginar um x, para tentaram cruzar os golpes, mas quanto ao número de quiques no chão, fica a critério e facilidade dos alunos.
Com o decorrendo do jogo vamos observá-los e após alguns momentos de experimentação, pararemos por um momento e pedir para que pensem sobre o ritmo do jogo, ou seja, está instável, significa que a bolinha esteja parando e saindo do jogo constantemente. Para que eles cheguem à resposta que é além do direcionamento, mas também as intensidades que estão rebatendo a bola vão buscar soluções conjuntas para que seja resolvido o problema. Após essa primeira reflexão, vamos experimentar as soluções propostas, e dar continuidade na atividade, mas após alguns momentos, vamos pedir durante o jogo a tentar ampliar o movimento no braço, ou seja, para que o movimento saia no ombro e não o cotovelo e nem do punho. Depois dessas orientações, vamos procurar estimular a continuidade nos movimento que aprenderam de forma correta.
6 - Roda de conversa: para que seja refletido o que foi ensinado e trocar as experiências das melhores soluções de adaptações sobre a movimentação e também para saber se ficou com quais duvidas para que seja solucionada na aula seguinte.


2ª aula (back-hand e fore-hand)

1 - Aquecimento: O mesmo da aula anterior
2 – Na área de serviço vamos dividir em três setores. Vão inicialmente ocupar o setor um e vai se aproximando a rede pelos setores com o decorrer da atividade irão se aproximar por setores. Vamos utilizar símbolos para explicar, ou seja, o setor um corresponde à montanha mais alta, o setor dois é a montanha mais baixa e o setor três é o rio. O objetivo é fazer cada aluno acerte a bola em uma determinada área, sem deixar com que ela caia na água. Sendo o aluno localizado no setor 1 o adversário terá que jogar a bola para que ela bata no chão no setor 2 e assim consequentemente, relembrando os movimentos da aula anterior, mas quando estiverem no setor 3, terão que trocar bolas sem deixar cair no chão, trabalhando assim o voleio.
3 - Montar mini quadras: a regra será um lado da quadra representará uma quadra de tênis e do outro lado da rede terá somente uma “pilastra” de 2m X 2m (desenhado no chão). O jogador que estará na pilastra não poderá sair do espaço delimitado, pois ao redor da pilastra será um buraco, então que estiver na pilastra terá que bater na bola antes que ela pingue no chão, trabalhando assim o voleio e quem estiver do outro lado irá jogar uma partida de tênis deixando-a pingar e trabalhar o back-hand e o fore-hand. Quem estiver trabalhando o back-hand e o fore-hand terá que jogar a bola na direção do adversário, pois ele estará em cima da pilastra e não poderá sair daquele espaço.
4 - Fazer um jogo individual na mini-quadra (área de serviço), para colocarem em pratica o que foi trabalhado até o momento.
5 - Terminar com uma roda de conversa, sobre as atividades passadas e etc.


3ª aula (split-step e voleio)

1 – Roda de conversa: Para relembrar a aula anterior.
2 – Aquecimento: Vamos propor para que imaginem a letra Z através das linhas da quadra e bater a bola no sentido para cima, terão que segurar a raquete com as mãos, e direcioná-las para os dois lados, ou seja, direito e esquerdo. Nesta atividade estaremos trabalhando o aquecimento e também a lateralidade.
3 – Vamos utilizarem até a área de serviço para demarcar os seis espaços vão utilizar o termo base, e terão de numerá-los e vão golpear (passar) a bola. Assim que numeradas os alunos terão que passar a bola só através do golpe de voleio, ou seja, sem deixar a bola cair no chão. Só que para dificultar a atividade o jogador da direita vai jogar em ordem crescente e o da esquerda em ordem decrescente. Assim enquanto o jogador da direita estiver na primeira base o jogador da esquerda estará na sexta, o jogador da direita jogara a bolinha na base cinco, pois o jogador da esquerda esta em um jogo decrescente e quando ele receptar a bola e sem deixar a bolinha cair no chão ele tem que golpear e mandar para a base dois, pois o jogador esta em forma crescente, e assim conseqüentemente.


4ª aula (smach e lob e saque)

1 - Aquecimento: Utilizando toda a quadra, ficará uma dupla em lados opostos da quadra, sendo que um lado os alunos ficaram com a raquete e os outros estarão somente com as bolinhas. A dupla que com as bolinhas, terá que jogar com as mãos, uma de cada vez para o outro lado da quadra para aqueles que estão com as raquetes, terão que devolver essas bolas utilizando as raquetes, ou seja, de um lado os alunos lançam as bolas e do outro os alunos rebatem as bolinhas com as raquetes. Depois de um tempo as duplas trocam de lado e quem estava com as raquetes ficará com as bolinhas e vice versa.
2 - Iniciar a aula utilizando a mini-quadra (uma parte da área de serviço), para jogarem livremente para depois utilizar toda a área de serviço (as duas partes) e posteriormente toda a quadra. Vamos disponibilizar diversas bolas e deixá-las no fundo da quadra de cada extremidade, em cada ponta da quadra ficara uma dupla. Eles terão que jogar uma bola de cada vez para o outro lado da quadra utilizando a raquete. Com o objetivo de trabalhar o saque.
3 - Fazer um jogo utilizando toda a quadra para colocarem tudo o que aprendeu até o momento na prática e assim fazermos as correções necessárias
4 – Roda de conversa para saber como foi o aula que executaram.


5ª Aula (estratégia, um pouco da etiqueta e a contagem de pontuação)

1 – Roda de conversa sobre o que aprenderam na aula anterior.
2 – Aquecimento: Vamos fornecer 4 bolinhas como materiais, porém acrescentado em forma crescente. O problema será usar espaço com quiserem utilizando as demarcações. O objetivo é a tomada de decisão e proporcione a consciência de movimento nos espaços determinados.
Vamos pedir para imaginarem numerações de quatro setores na quadra inteira, como é feito na pedagogia do voleibol, sendo que será na mesma direção de ambos os lados.
3 – Com o oponente utilizando as mãos: A tarefa será fornecer somente a bolinha, para lançar para o oponente, porém o problema é que não poderá ficar no mesmo setor. Vamos falar que estão com uma armadura de ferro e existe um imã será no meio-fundo da quadra.
4 – Contra o oponente utilizando a raquete: vão jogar para os números que o oponente não está localizado utilizado segurando a raquete e com o objetivo para fazer ponto. E o imã vai para o meio fundo da quadra.
5 – Vamos reforçar as informações sobre como funciona a pontuação no jogo e quando completa o game. E em seguida a nossa atividade final será o jogo literalmente, onde terão que executar todos os movimentos que conheceram em todo o processo das aulas, junto com a tática e posicionamento da quadra que foi passado nessa aula além deles mesmo controlar a contagem dos pontos.
6 – Roda de conversa para saber qual foi o objetivo da aula, e se teve alguma dificuldade e também sugestão de como melhorar a proposta. Também vamos perguntar para se auto avaliar sobre todo o processo do plano de aula e vamos concluir passando o feedback que observamos no processo completo.


6 METODOLOGIA

Escolhemos a metodologia de ensino jogos esportivos modificados, que segundo COUTINHO (2007) diz que tem como característica o ensino para compreensão dos jogos, sendo que, os professores não proporciona a resposta pronta, ou seja, existe a co-participação do aluno no momento das decisões. O foco é na compreensão do jogo da tática e como conseqüência busca-se a técnica.

“Essa consciência tática é definida por Mitchell et al. (1994), como a habilidade paracidentificar os problemas que apresenta um jogo que está em progresso e selecionar habilidades técnicas para resolver esses problemas. Está abordagem ficou conhecida como ensinar para compreender”. COUTINHO (2007)
Devido ao cronograma de aula que são cinco, consideramos um tempo reduzido para aprender e refinar a técnica. Nesse método vamos propor para refletirem suas movimentações e assim terão condições de dar continuidade no aprendizado se assim desejarem, sem ficar completamente dependente de feedbacks de um profissional. Como vamos trabalhar através de atividades com situações problemas, será iniciada de forma simplificada e com regras, porém à medida que forem progredindo os alunos cada vez mais terão a possibilidade na tomada de decisões nas escolhas às técnicas serão feitas através de feedback concomitante nos momentos que o jogo não fluir. E a todo o momento as atividades serão feito como situação de jogo, ou seja, não vamos trabalhar de maneira parcial, pois segundo MAGILL (1984) “(...) Praticar a habilidade como um todo parece ajudá-los a sentir melhor o fluxo e o ritmo de todos os movimentos”.
Acreditamos que com essa metodologia vamos trocar experiências entre aluno e professor, pois além de nos preocuparmos em como ensinar, vamos aprender como os alunos aprendem e suas diversas possibilidades e alternativas, ou seja, um problema com vários caminhos para solução.

7 AVALIAÇÃO

Para avaliarmos vamos utilizar algumas alternativas:
Através de observação e análise aula a aula, referente à participação e evolução de cada um e a interação entre o grupo, pois as atividades têm objetivos, mas não serão passadas de forma direta, ou seja, primeiro aplicaremos a atividade e vamos analisar se conseguem desempenhá-las, mas caso não consigam descobrir o objetivos, vamos passar os feedbacks para que cheguem ao movimento que desejamos.
Segundo a abordagem construtivista a avaliação é de maneira exteriorização de seu feedback intrínseco, para isso vamos fazer uma roda de conversa e perguntar para eles se evoluíram e em quê.
Para mensurarmos se houve a aprendizagem, gravaremos o primeiro dia de aula antes de passar qualquer atividade especifica e com isso teremos condições de comparar a ultima atividade que será o jogo completo, ou seja, avaliar o desempenho conforme a proposta de avaliação para o método de esportes modificados.
Também vamos analisar a aprendizagem através do fenômeno ritmo conforme a fluência do jogo, e identificar os estágios entre o cognitivo, associativo e autônomo segundo a proposta de FITTS POSNER. Além de visualizar de forma detalhada as condições técnicas e táticas.

“(...) aprendizagem refere-se à modificação, e a modificação remete a uma comparação entre dois estados: antes e depois; ou seja, é a comparação entre um estado ou condição anterior e um estado ou condição atual. (...) A noção de que algo se modificou no individuo aprendente é básica ao se falar em aprendizagem” (CARMO, 2010).
Por se tratar de indivíduos adultos e que já tem uma grande carga de informações e principalmente por serem estudantes de Educação Física, vamos considerar que já possuem um repertório inicial, o que vai ajudar na construção do processo do plano de aula conforme afirma CARMO (2010).


8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cada dia de aula propomos atividades para descobrirem os movimentos e em momentos estratégicos fizemos os feedbacks para executarem de forma mais precisa o movimento, porém antes disso já tinham adquirido a consciência do movimento. Para aplicarmos os feedbacks da biomecânica do movimento utilizamos a fundamentação teórica nas leituras especificas sobre o tênis de campo.
Consideramos que de acordo com o nosso objetivo geral que foi a iniciação esportiva, juntamente com os objetivos secundários que foi promover a compreensão da modalidade, proporcionar condições da pratica e despertar a busca para o aperfeiçoamento técnico; através das atividades proporcionadas que foram construídas seguindo o método de ensino Jogos Esportivas Modificadas, a abordagem Construtivista e também os Estilos de Ensino Soluções de Problemas Convergentes e a Descoberta Guiada, conseguimos atingir o nosso objetivo.
Pois é visível ver como jogam com consciência dos movimentos em quadra tanto da tática como da técnica.
Observamos através da fluência do jogo, o fenômeno ritmo que estava presente em todo o processo entre os estágios da aprendizagem. No inicio do processo quando estavam no estágio cognitivo, o jogo parava a todo o momento, como ritmo instável, com o passar do tempo, o jogo começou estabilizar-se, e os erros foram diminuindo, por fim para alguns alunos, o jogo tornou estável através da continuidade da troca de bola. Com exceção de uma aluna que foi prejudicada na execução da tática devido ao problema no joelho, porém tem consciência dos movimentos e do jogo como um todo e de uma maneira geral. Todos relataram que gostou da atividade e que vão continuar praticando nos momentos de lazer que é caracterizado como esporte-participação segundo TUBINO (1999).


9 REFERÊNCIAS

 
AZEVEDO, Edson Souza de; SHIGUNOV, Viktor. Reflexões sobre as abordagens pedagógicas em Educação Física. Kinein, Florianópolis, v. 1, n. 1, set./dez. 2000.

CARMO, João dos Santos. Fundamentos psicológicos da educação. Curitiba: Ibpex, 2010.

DARIDO, Suraya Cristina & RANGEL, Irene Conceição Andrade Rangel. Educação Física na escola: Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 293p.

GALLAHUE, David L. Compreendendo desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3ª ed. São Paulo: Phorte, 2005 600p.

PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento humano. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2006 888p.

SCHMIDT, Richard A. Aprendizagem e Performance Motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

COUTINHO, Nilton Ferreira. Conhecimentos e aplicação de métodos de ensino para jogos esportivos coletivos na formação profissional em educação física. 2007. 109f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade São Judas Tadeu, São Paulo.

LUZ, Maria Letícia Pinto. Uma análise comparativa do golpe de direita no tênis de campo. Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 118 - Marzo de 2008. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd118/golpe-de-direita-no-tenis-de-campo.htm

Site Tênis Brasil

NETO, Ludgero Braga Neto. Backhand (esquerda): uma ou duas mãos?




Tema 2 (Esportes Tradicionais Coletivos)



Tema  (Estágio)




 





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